FINANCIAMENTOS GOVERNAMENTAIS
13-10-2024
Foi esse o fundamento para a China sair de um dos últimos PIBs
do mundo para o segundo PIB global e sendo esperado para primeiro lugar nos
próximos anos? Em política econômica muita coisa é possível. Recorde-se aqui
que o governo de JK (1956-1960) construiu Brasília, hoje, a terceira maior cidade
do País, consolidou a indústria automobilística em São Paulo, editando o lema “crescer
cinquenta anos em cinco” como meta central de governo e o País deslanchou
naqueles anos e tem consequências benignas até os anos atuais. O crescimento
econômico do período foi vigoroso. JK fez gastos governamentais vultosos,
mediante emissões de dinheiro. Houve também uma aceleração inflacionária. Nos anos
de 1970, os presidentes do regime militar promoveram uma era sem igual de
crescimento econômico acima de 10% ao ano, financiando-se principalmente de endividamento
externo.
O X do problema de ser um país desenvolvido é saber como
financiar o crescimento econômico? Estando lá, na equipe econômica do governo central,
inúmeros cientistas sociais fizeram propostas e não deslanchou. Depois de JK, a
gestão econômica de Antônio Delfim Netto, esboçou o “milagre brasileiro”. No
segundo mandato do presidente Lula, a revista The Economist chegou a colocar em
capa que o País “decolou”. Mas, foi visto que não houve o fôlego de uma China, que
cresce a taxas elevadas desde 1979, quando se abriu para o mundo em termos econômicos.
No sábado, informou a consultoria Capital Economics, o
Ministro das Finanças da China convocou a imprensa para declarar que seu país
fará aumento de novos empréstimos e principalmente destinados ao consumo
agregado. Um pacote fiscal estará em curso, exigindo uma propensão para a
emissão de títulos soberanos, quando haverá uma reorientação de prioridades. A
meta de crescimento de 2024 é de 5%.
Por que o Brasil não faz um plano econômico e não fixa meta para
elevado crescimento? O fato é que, desde o fim do regime militar (1984) que o
governo federal deixou de fazer planejamento de longo prazo e passou a fazer
planos de curto prazo, justamente porque a inflação saiu e, muito, do controle
oficial. O que se tem como meta de longo prazo é o controle da inflação, via
uso da taxa de juros. Na China, o governo central é fechado e tem controle da
moeda e da emissão de títulos. Lá se cumpre os desígnios oficiais desde 1979,
quando a China ingressou em grande crescimento econômico.
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