SOBRE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

25-10-2024

UM POUCO DE HISTÓRIA ECONÔMICA

A Inteligência Artificial (IA) surgiu como um campo de estudo formal, da ciência da computação, cujos desenvolvimentos fundamentais aconteceram nas décadas de 1940 e 1950, tal como o trabalho de Alan Turing, que, em 1950, publicou o artigo “Computing Machinery and Intelligence”, quando propôs um critério para determinar se uma máquina pode ser considerada inteligente, chamado de “Teste de Turing”. Há um filme na Netflix sobre a vida de Alan Turing, cujo nome em português é “Jeito de Imitação”. Os computadores, inicialmente eram chamados de máquinas de Turing.

Entretanto, como uma área de pesquisa acadêmica, considera-se o ponto de partida oficial, em 1956, quando houve a Conferência do Dartmouth College, uma das universidades da Ivy League, fundada em 1769, estado de New Hamphshire, nos Estados Unidos. Na década de 1960 e 1970, progressos significativos em IA simbólica ocorreram, tais como sistemas especialistas e programas que tentavam imitar o raciocínio humano, à semelhança do programa de álgebra simbólica DENDRAL e o sistema de diagnóstico médico MYCN. Na década de 1980, passou-se por um renascimento com as redes neurais artificias e algoritmos de aprendizagem, além da aplicação de sistemas especialistas em negócios. Dos anos 2.000 em diante, passou-se ao grande aprendizado das máquinas, no avanço das redes neurais profundas e na disponibilidade de grande volume de dados e maior capacidade computacional. Permitiu-se grandes progressos em áreas como o reconhecimento da fala, visão computacional e processamento de linguagem natural.    

Desde novembro de 2022, com a publicação do ChatGPT. A forma generativa da IA, abriu-se uma gama de possibilidades, que se está chamando de 4ª fase da Revolução Industrial, quando oportunidades assimétricas, isto é, de baixo risco relativo e alto potencial de ganho tem ocorrido.

Por exemplo, no artigo de Lucas Reis, no jornal A Tarde, de Salvador/Bahia, de ontem, intitulado “Qual papel a Bahia pode assumir na era da IA?”, ele assim se refere: “O Goldman Sachs afirma que a IA Generativa vai agregar US$7 trilhões ao PIB global. O Fórum Econômico Mundial prevê um saldo de 12 milhões de novas vagas com a IA. Entretanto, o impacto positivo de IA não será distribuído homogeneamente pelo mundo. Quem se posicionar melhor ficará com o bônus, deixando o ônus para os outros. Sabendo disso, aponto uma linha de atuação para que a Bahia use essa Revolução para dar um salto ... Essa diretriz se baseia nas nossas características culturais. Pela primeira vez em séculos, o fator mais relevante para a geração de valor não será o domínio da técnica, mas sim da linguagem.  Economia dos serviços baseados em IA demanda mais soft do que hard skills. Isso acontece porque faz parte da revolução trazida pela IA, a chamada especialização sob demanda”.

Lembrando Jean Baptiste Say, economista clássico, que dizia que “a oferta cria a sua própria procura”, vê-se que isso nunca foi verdade. É a demanda que cria a oferta. Sem demanda, não tem oferta, conforme John Maynard Keynes, no seu livro “Teoria Geral, do emprego, dos juros e da moeda” a economia é explicada pela teoria da demanda efetiva.  

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