VOLTANDO AO RELATÓRIO DO FMI

 

28-10-2024

PÁGINA DA CONJUNTURA ECONÔMICA

Voltando ao recente relatório divulgado do FMI, com maior nível de exame, o site do Jornal Estado de São Paulo, de hoje, que dispõe de equipe de 60 colunistas, assim expõe: “O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que a dívida pública brasileira na proporção do Produto Interno Bruto (PIB) deve aumentar mais de 10 pontos percentuais ao longo do mandato do presidente Lula da Silva, de 83,9% do PIB, no fim de 2022, para 94,7% do PIB, em 2026. Superávit primário, se houver, só a partir de 2027, e bastante modesto – o equivalente a 0,1% do PIB”.  

“A relação entre dívida e PIB é um indicador importante para aferir a solvência de um país e comparar a sua situação à de outras nações semelhantes. No caso brasileiro, o endividamento, segundo os critérios do Fundo, subiu de 86,7% do PIB, no relatório divulgado em abril, para 87,6% do PIB no de outubro. E até 2029, a dívida na proporção do PIB chegará a 97,6%” (site Estadão).

“Com a covid-19, países desenvolvidos e emergentes aumentaram gastos para lidar com os desafios sanitários e evitar que suas economias desabassem. O estímulo resultou em mais inflação e juros mais altos. Para completar, tensões geopolíticas ampliaram incertezas no mundo todo”. (Estadão).

Iniciado em 01-01-2023, o governo de Lula da Silva, pegou a pandemia do covid-19 no seu final, quando já tinha acabado o isolamento social. Entretanto, referido governo redefiniu sua estrutura de gastos, ampliando de 22 para 40 os ministérios executivos, aumentando os gastos sociais, no pagamento de adicionais, tais como no Programa Bolsa Família, saindo de um superávit primário, em 31-12-2022, de R$50 bilhões, para um déficit primário de R$230,5 bilhões, equivalentes a 2,12% do PIB. Para 2024, embora tenha dito que esperaria um déficit primário zerado, de janeiro a setembro deste ano, já alcançou um rombo de R$105,2 bilhões. O orçamento para o ano de 2025, perseguirá déficit primário zerado. O orçamento para 2026 ainda não foi elaborado. Antecipando acima, o FMI fez em seu relatório o prognóstico de que o atual governo não terá superávit primário. Com as finanças públicas deterioradas, com deficiências nos investimentos em infraestrutura, com dificuldades na regulamentação da reforma tributária, aprovada no ano passado e que ainda não será regulamentada neste ano, segundo informes do legislativo, a dívida pública bruta explodirá e chegará próxima de 100% do PIB. Ainda que existam muitos países com tão elevado grau de endividamento, na tentativa de comparação e reflexão, convém aqui destacar que, em análise de projetos de investimentos, tecnicamente, os manuais apresentam o limite de 60%, para o grau de endividamento, sob pena dos projetos ficarem insolventes.

 

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