BNDES PODERÁ CONTRIBUIR PARA SUPERÁVIT
17-11-2024
Na reunião do G-20 no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, afirmou que o BNDES irá contribuir para que o governo federal feche o ano com superávit primário. Isso surpreendeu, visto que até setembro o déficit primário ultrapassava os R$103 bilhões, o déficit primário de outubro não foi ainda divulgado e se tem esperado um grande rombo neste ano, pelo mercado financeiro.
Mercadante declarou que no próximo dia 19, último dia do
referido encontro, anunciará que o BNDES pagará R$25 bilhões de dividendos, mais
R$38 bilhões de tributos, de que devolverá recursos do Tesouro, que ainda estão
emprestados ao BNDES, como subsídios e que celebrará com banqueiros contratos
de empréstimos para a Instituição, compreendendo um valor extraordinário para
que o Brasil obtenha neste ano um déficit primário próximo de zero ou até um
superávit.
As pressões do mercado financeiro são grandes para o corte de
gastos, calculado agora em R$25 bilhões, pelo Ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, como limite mínimo, que se poderá fazer em uma árvore, na colocação
comparativa de Alexandre Padilha.
No ano passado o País registrou um déficit primário de R$230,5
bilhões, equivalentes a 2,12% do PIB, isto elevou mais ainda a dívida pública.
O resultado decorreu de despesas ext4raordinárias, como pagamento de
precatórios, compensações financeiras para estados e municípios e aumento de
valores para os programas sociais.
Para 2024, o governo federal estabeleceu como meta um
resultado primário zerado, com viés de alta ou de baixa de R$28 bilhões,
conforme previsto na lei de arcabouço fiscal.
No mercado financeiro doméstico, aguarda-se com grande
expectativa os anúncios da próxima semana. Se acertar, em corrigir a política econômica
atual, o governo pretende mirar em pleitear o selo de qualidade das três
agências internacionais de risco.
A Standard & Poor’s foi a primeira, em setembro de 2015,
com perspectiva negativa, sinalizando dificuldades fiscais. A segunda a
rebaixar a nota foi a Fitch Ratings, em dezembro de 2015, citando aumento da
dívida pública e o enfraquecimento da economia. A terceira foi a Moody’s, em
fevereiro de 2016, com perspectiva negativa, devido à deterioração fiscal,
baixo crescimento econômico e instabilidade política. Essas decisões colocaram
o País na categoria de grau especulativo, tornando mais caro para o governo e
empresas captarem recursos no exterior.
Relembre-se aqui, que o País teve 11 trimestres seguidos de
recessão e o afastamento do presidente da República, por má gestão,
principalmente financeira.
Comentários
Postar um comentário