FERROVIA TRANSOCEÂNICA
13-11-2024
Em plena época da guerra fria entre a superpotências, as economias de cunho socialista diziam que o planejamento econômico era a solução para o desenvolvimento. Em 1961, François Perroux, economista francês, lançou o livro “A Economia do Século XX”, no qual a ideia era de desmitificar o planejamento, visto que nenhum país socialista tinha se tornado desenvolvido. Em 1979, a China começou o seu Capitalismo de Estado. Mesmo assim, não se referindo ao planejamento de longo prazo, e sim, em “pacote econômico”, como está fazendo um agora. Assim, Perroux disse que “O planejamento não planeja o capitalismo. É o capitalismo que planeja o planejamento”. Ao contrário do que muitos pensavam, o capitalismo não opera de forma desordenada ou sem direção. Pelo contrário, ele possui um planejamento próprio, dirigido por interesses e necessidades dos agentes econômicos que o compõem, especialmente as grandes corporações e o capitalismo financeiro. Ele é moldado pelas prioridades do próprio capitalismo.
O planejamento da Ferrovia Transoceânica envolve a ligação do
Brasil, banhado pelo Oceano Atlântico, ao Peru, banhado pelo Oceano Pacífico,
tendo uma conexão com a China, nesse sentido, tem despertado o interesse de
vários bancos e investidores, enfrentando desafios econômicos, ambientais e
logísticos.
Os bancos que manifestaram interesse em financiar o
empreendimento são: Banco de Desenvolvimento da China, Banco de Exportação da
China, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de
investidores privados e fundos de infraestrutura.
Trata-se, a Ferrovia Transoceânica, de um investimento de
US$100 bilhões, em fase estrutural, pretendendo ligar o Brasil ao Peru e dali
para a China. Também chamada de nova rota da seda, colocará as relações da
América Latina com a China, mediante menor dependência da ligação do Canal do
Panamá, barateando os preços das mercadorias, visto que encurtará distâncias e
trará mais rapidez no comércio em referência.
No final de novembro, o presidente da China estará no Brasil
e no Peru, em uma pauta de visitas, além do que também Xi Jinping estará
acompanhando a reunião de cúpula do G-20, no Rio de Janeiro.
O crescimento dos negócios vem crescendo exponencialmente
impulsionado pela forte demanda chinesa de minério de ferro, soja e cobre.
Entretanto, as dificuldades de atravessar a Floresta Amazônica e a Cordilheira
dos Andes enfrentam divergências entre o Peru e o Brasil sobre a rota viável
para a ferrovia. O fato é que os países estão com os propósitos de forma
sustentável e eficiente.
A influência chinesa já bastante grande em negócios com o
Brasil, hoje o maior parceiro comercial, além da sua influência na América
Latina. Novas oportunidades de projetos de infraestrutura e geração de
empregos.
Comentários
Postar um comentário