AUMENTOU A PROPAGANDA FEDERAL
04-12-2024
O governo federal aumentou os gastos com propaganda federal, quando lançou o pacote de corte de gastos e de alterações na tabela do imposto de renda. O novo slogan televisivo lançado: “Brasil mais forte, governo eficiente, país justo”. Isto bastou para que o subprocurador do Ministério Público, perante o Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, ingressasse junto ao TCU com pedido de fiscalização das despesas do governo federal com campanhas publicitárias, principalmente destinadas ao pacote de gastos recentemente lançado.
Segundo Furtado: “As campanhas publicitárias do governo
federal devem ter como objetivo informar a população sobre políticas públicas,
programas governamentais, direitos e deveres do cidadão. Se o objetivo
primordial do governo é cortar gastos, faz sentido aumentar gastos divulgando
pacote de medidas que visam reduzir gastos? Me parece um tanto contraditório”.
Também citou indícios de “descumprimento ao princípio da eficiência que rege a
administração pública”.
As medidas do referido pacote foram anunciadas em cadeia
nacional de televisão pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja equipe
econômica planeja economizar R$70 bilhões, nos próximos dois anos. Em paralelo,
citado ministro adiantou que o governo federal pretende isentar de imposto de
renda aqueles que percebem rendimentos de até R$5 mil mensais, resultando em
renúncia de R$35 bilhões por ano. Foi também anunciado que o impacto da
referida isenção seria neutralizado por maior taxação daqueles que percebem
acima de R$50 mil por mês.
Ao divulgar pesquisa semanal do Boletim Focus do Banco
Central, segunda feira, dia 2, o mercado financeiro elevou previsões para os
juros básicos da economia, inflação e dólar em 2025, após a apresentação do
pacote fiscal.
As estimativas das medianas das instituições financeiras para
a taxa básica de juros, a SELIC, em 2025, foram para 12,63%, perante 12,25% da
semana anterior. Foi a terceira edição seguida da taxa SELIC para o próximo
ano. Já para 2024 ficaram as estimativas mantidas em 11,75%. Os juros estão
atualmente em 11,25%.
AS previsões das medianas para a inflação oficial neste ano
se elevaram para 4,40%, enquanto a da semana anterior estavam em 4,34%. A
expectativa do Banco Central tem sido de que não ultrapasse a meta mais o viés
de alta de 4,50%, porque senão tem que se explicar o presidente do BC perante o
Congresso Nacional.
Quanto ao dólar comercial a expectativa também foi para cima,
passando de R$5,55 da semana passada para R$5,60 nesta semana. A estimativa até
o final do ano foi mantida em R$5,70. O rompante de novembro do preço do dólar
até o ápice de R$6,11, deixou o mercado financeiro nervoso e temeroso com o
dólar no ano que vem, visto que o próximo governo de Donald Trump já prometeu
valoriza o dólar americano. Isto porque um dólar se elevando, de forma
contínua, conforme tem sido neste ano, desvaloriza ativos brasileiros e eleva o
processo inflacionário.
Já para o PIB o mercado financeiro elevou sua estimativa para
3,22%, enquanto a equipe econômica disse esperar 3,50%. Porém, para o ano que
vem e os seguintes o esperado é uma pequena taxa de incremento do PIB por volta
de 2% ao ano.
Ontem, o PIB trimestral foi anunciado pelo IBGE, crescendo
0,9% no terceiro trimestre. A projeções de mercado e do governo federal irão
para cima. Mas, este também é o assunto para amanhã.
Mais uma vez, aumentou a propaganda do governo por este
último acontecimento.
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