PACOTE DE GASTOS DE DESPESAS
19-12-2024
O presidente da Câmara declarou, ontem, que colocará hoje, para discussão final, o pacote de contenção de gastos, para os anos de 2025 e 2026, de R$70 bilhões. Porém, ele declarou que não garante a aprovação (nem pode, claro). Desde que foi anunciado o pacote referido, no final de novembro, o dólar se valorizou 5%, em relação ao real. Acrescente-se a isto que, mediante juros altos e previstas elevações, um elemento central disso é a desconfiança do governo federal em lidar com a dívida pública bruta. O foco do mercado financeiro agora está na sustentabilidade da citada dívida. Como é sabido, ela é rolada no citado mercado, que costuma afirmar para os aplicadores financeiros, que a dívida do governo tem “risco zero”.
O escrito acima foi ontem de
noite. Escrevendo, agora, às 7 h, ontem a cotação do dólar bateu m R$6,28. O dólar
turismo a R%6,66. Mesmo depois do Banco Central continuar a colocar dólares no
mercado de venda.
Conforme a última reunião do
Comitê de Política Monetária, o Banco Central (BC) observou uma deterioração
adicional nos componentes que afetam a política de juros básicos, ao câmbio e
inflação corrente e inflação projetada, percebendo os impulsos do crédito e
fiscal como elementos que estão contribuindo para a redução do efeito do aperto
monetário, exercido desde setembro, visando convergir a inflação para o centro
da meta. A crítica principal à política monetária, exercida pelo BC, é de que a
inflação está em 4,86% e a taxa SELIC está em 12,25%, sendo o diferencial muito
grande, segundo as forças produtivas. Entretanto, argumenta o BC, se não for
feito um ajuste do tamanho em referência, não haverá convergência citada. Os
componentes do mercado produtivo declaram que taxas tão altas de juros praticados
encarecem a produção de bens e serviços e tornam menos competitivas as empresas
brasileiras. Na verdade, o maior reflexo é em encarecer o custo de vida das
famílias.
Um verdadeiro torneio de quebra
de braço está havendo no Congresso Nacional em aprovar o pacote em referência,
visto que os parlamentares querem ampliar as suas emendas, que foram
restringidas pelo Supremo Tribunal Federal.
A emenda parlamentar, nome que
substitui o “mensalão”, ocultando todo o desejo de receber mais verbas, via
Congresso, e estas estão sendo previstas em R$50 bilhões, para o próximo
orçamento público de 2025, é uma excrescência parlamentar, conforme exposto
exemplo, no programa tradicional de domingo à noite da Globo, o “Fantástico”,
dia 15 passado, a partir de uma ligação nacional de corrupção, a partir do
município de Campo Formoso (BA), administrado pelo irmão do deputado baiano
Elmar Nascimento, a quem foi destinada a verba da citada emenda. Foi
identificada uma rede de desvios e de ineficiência no uso do dinheiro público.
Outros exemplos tem sido dados pela imprensa, visto que inúmeras obras públicas
inacabadas, pelo País, justamente tendo a alegação de falta de verbas.
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