SWAP CAMBIAL

 

16-12-2024

O swap cambial é uma operação financeira, na qual as partes trocam fluxos de pagamentos em moedas diferentes. Por exemplo, o Banco Central (BC) vende dólares e os recompra em certo tempo, enquanto um investidor compra dólares e os revende dentro de um certo tempo. A outra moeda é o real, no exemplo. O objetivo é fazer proteção (hedge) contra variações nas taxas de câmbio ou para especulação.

Depois de muito tempo sem ingressar fazendo operações de venda com opção de recompra, o chamado swap cambial, o BC ingressou vendendo dólares no dia 12 deste mês, no valor de US$4 bilhões das reservas internacionais, mediante compromisso de recompra e o dólar tinha ainda como se sustentar acima de R$6,00 e não caiu deste patamar. No dia 13, o BC vendeu US$845 bilhões e o dólar fechou a cotação do dia a R$6,03. Findado o dia 13, o BC prometeu que no dia 16 venderia até US$3 bilhões das referidas reservas, com compromisso certo de recompra em 2025.

Conforme a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão que funciona no Senado Federal, informou ao mercado financeiro, que o nível de reservas internacionais continua em nível adequado de um ponto de vista de precaução.

Dessa maneira, o nível de reservas internacionais, com base em agosto de 2024, era de US$369,214 milhões, quando era suficiente para financiar 12,4 meses das importações, segundo citado órgão. As razões entre as reservas internacionais e as importações, de 12 meses, caiu pela metade, desde 2017, último ano em que a IFI calculou os indicadores, em relação até este ano, caindo a citada relação desceu de 1,8 para 1,0. Assim, quanto mais próximo de 1,0 mais adequado é o nível dela.

Por outro lado, as reservas estão 70% acima do nível que seria adequado para pagamento da dívida externa de curto prazo. Reservas acima da referida dívida tornam o País mais protegido do risco de interrupção súbita de dólares, que dificultariam a rolagem da dívida externa, segundo o IFI.

No passado, o Brasil tinha se tornado insolvente, isto em 1989, quando as reservas internacionais praticamente se esgotaram e o Brasil ficou sem dólares para pagar importações e juros da dívida externa. De lá para cá, veio reforçando as reservas internacionais e tem certa folga até para vender dólares, na busca de fazer descer o valor do dólar comercial.

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