FALTANDO MÃO DE OBRA

 

22-02-2025


Muito embora o desemprego aberto, pessoas que procuram emprego com carteira de trabalho assinada ou para ser assinada, esteja em torno de 7 milhões de pessoas, correspondendo a 6,1% da população economicamente ativa, calculada pelo IBGE, em entrevista à CNN, o deputado federal Pauderney Avelino, do partido União Brasil, afirmou no dia 20, passado, que está faltando mão de obra no Brasil, sobretudo na região Nordeste, onde o Bolsa Família é mais requisitado”.

Referido deputado apresentou na Câmara de Deputados proposta de alteração no Programa Bolsa Família, criando um período de transição para os beneficiários, incentivando-os a buscar o mercado formal de trabalho. Para ele, “Esse projeto é um dos pilares de sustentação de pessoas vulneráveis que temos no nosso País. As pessoas estão se desinteressando em participar do trabalho formal, ou seja, está faltando mão de obra no Brasil em razão dessa rede proteção social. O que nós propusemos, ao contrário do que o governo, em 2023, fora uma regra de transição, em vez de pessoas beneficiárias do Bolsa Família reduzir em 50% o benefício que ela recebia, nós estamos propondo que, no primeiro ano, essas pessoas possam receber a integridade do Bolsa Família, estando com a carteira assinada. A proposta busca atender uma necessidade das pessoas em buscar uma qualificação, um emprego formal, mesmo sem sair dessa proteção social que é o Bolsa Família”. Na verdade, o que está havendo é um bom número de pessoas, mantendo o Bolsa Família e indo trabalhar no mercado informal ou no subemprego.

O projeto do deputado Avelino, que ora tramita na Câmara, alteraria ainda a regra de desligamento de beneficiários. Atualmente, vigora um desligamento por R$218,00 por beneficiário. Pelo projeto de Avelino, o desligamento ocorreria quando atingisse o salário mínimo familiar. Para ele, o projeto tem sido bem aceito, inclusive por deputados da ala governista.

Conforme o governo federal, o Programa Bolsa Família contempla 20,56 milhões de família, nos 5.570 municípios brasileiros, com posição em fevereiro de 2025. Foram cerca de 54 milhões de pessoas beneficiárias neste mês. Em torno de 9,12 milhões são de crianças e adolescentes, de 7 a 16 anos incompletos, 2,6 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos incompletos, sendo o valor médio do benefício em fevereiro de R$671,81.   

Ademais, as federações e confederações de indústrias há muito anos tem declarado que a maior escassez de mão de obra brasileira é de mão de obra qualificada. Além do mais, na indústria, no comércio e nos serviços a mão de obra tem se revelado de baixa produtividade, conforme inúmeras pesquisas.

Acrescente-se à problemática em tela que cada vez mais pessoas são atraídas em busca de empreendedorismo, visto que este chamamento está sendo maior do que o emprego com carteira assinada, conforme pesquisa do próprio Ministério do Trabalho.

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