NOVA AUTORIDADE ECONÔMICA
15-02-2025
O novo presidente do Banco
Central (BC). Gabriel Galípolo. Nascido em 14 de abril de 1982, em São Paulo.
Economista que assumiu o cargo, fora indicado pelo presidente Lula e aprovado
pela sabatina prevista em lei, pelo Senado, com 65 votos entre 81 senadores.
Fora Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Mestre pela PUC de São
Paulo, fora também professor universitário e presidente do Banco Fator, entre
2017 e 2021. Não é economista heterodoxo, do tipo formado pela escola marjoritária
da Universidade Estadual de Campinas, nem economista ortodoxo, do tipo formado
pela PUC do Rio de Janeiro, ele se considera economista “tradutor” das
inspirações do mercado financeiro e dos muitos sentimentos dos chamados economistas
progressistas. É o que se poderia chamar de “genérico”. Mas, as suas primeiras
declarações à frente do BC mostraram isto. De que o presidente do BC deve ser o
fiel da balança ou o voto de minerva. Hoje o governo federal tem a maioria dos
diretores indicados para o BC.
Ontem, sexta-feira, Gabriel declarou
que, mais do que o volume de gastos, o impulso fiscal foi mais do que o
esperado pelos mercados. “Atribuo isto, a que teve política tributária e fiscal
mais progressiva”. Numa linguagem hermética, ele parece quis dizer que a tributação
prevista fora concentrada mais em camadas da população de consumo menor,
enquanto houve programas sociais focados em camadas com consumo mais elevado,
dizendo que isso pode representar a resiliência maior da economia. Outro destaque
dele é de que os pagamentos dos precatórios em 2023 e 2024 estimularam a
economia do ponto de vista do consumo agregado.
Explicando o recrudescimento
inflacionário desde 2024, ele afirmou que, não somente da elevação do consumo
acima citada, mais também da soma de estímulos fiscais, da elevação do crédito,
do impacto da seca e do ciclo de alta da carne de boi levaram a uma inflação
mais elevada. Para combate-la, o BC reiniciou o ciclo de alta de juros. Em suas
palavras; “Praticamente, gabaritamos para iniciar o ciclo de alta de juros” (?).
O presidente do BC também afirmou
que se elevou a taxa básica de juros para um patamar mais restritivo,
historicamente. Assim, a atividade econômica irá desaquecer e, quem sabe, o BC
reiniciará o ciclo de baixa da taxa de juros. Isto não é o que diz os analistas
do mercado financeiro que ainda vêm este ano fechando a taxa SELIC em 15,00%.
Em resumo, a atual equipe econômica
se mostra confusa e os indicadores da atividade econômica estão piorados e
piorando.
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