PERCEPÇÃO ERRADA DE HADDAD

 

27-02-2025


Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, tem uma percepção equivocada quanto a problemática econômica enfrentada pelo Brasil, visto que ele tem reiterado que o cenário externo atual está muito ruim e que não pode deixar de ser considerada a incerteza quanto à política monetária dos Estados Unidos. Ora, as incertezas maiores são quanto às tarifas generalizadas de 25% sobre as importações, por grande parte do mundo, que têm sido adiadas, mas continuam como ameaças. Quanto à economia doméstica ele chama de mercado que está mais tenso do que antes.

Ora, justamente agora que os preços do petróleo parecem recuar, de que os Estados Unidos têm conversado com a Rússia para por fim à guerra da Ucrânia, de que existe o cessar fogo momentâneo entre Israel e o Hamas, com troca de prisioneiros, além de que o presidente dos Estados Unidos tem ameaçado com grande retaliação nas barreiras do comércio, mas tem tido pouca efetividade até agora.

A problemática bem maior enfrentada pela equipe econômica está na economia doméstica. Primeiro, trata-se da inflação, que ameaça passar de 5% ao ano, enquanto o centro da meta, previsto pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%. Segundo, de que o processo inflacionário tem sido puxado pelos efeitos da elevação dos preços dos alimentos, cuja perspectiva é de pressão e continuidade. Terceiro, persistem os déficits primários anuais, tendo muito contribuído para elevação da dívida pública, processos estes que repercutem em mais inflação.

Pesquisa da CNT, pela primeira vez, desde que começou o governo Lula, a avaliação da população é que a situação do emprego vai piorar nos próximos meses, a despeito das colocações oficiais de que irá melhorar. Para 31,7% dos pesquisados a situação empregatícia irá piorar, enquanto para 30% é de que irá melhorar.

A última pesquisa trimestral divulgada com dados de novembro, mostrou que a taxa de desemprego nunca esteve tão baixa, em 6,1%, as pessoas empregadas eram 39,1 milhões, nível de ocupação de 58,8%, também o mais alto desde 2012. A população economicamente ativa passava de 104 milhões de pessoas. Dados recordes.

Enfim, mais breve do quem parece, o IBGE irá divulgar os dados do trimestre encerrado em dezembro e se poderá ter uma melhor visão do emprego no ano passado e com seus reflexos para este ano.

Por fim, as pesquisas da Genial/Quaest divulgadas ontem mostrou mais uma vez queda de popularidade do presidente Lula e pessimismo com respeito à economia brasileira.

 

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