PROPOSTA DE RETORNO AO TETO DE GASTOS
18-02-2025
A política econômica encetada pelo governo federal traz uma falta
de sintonia entre a política fiscal, monetária e cambial. No exercício do
terceiro mandato, o presidente Lula tem feito sucessivos déficits primários, já
deixando a metade do mandato e sem perspectiva de zerá-los, conforme as reiteradas
declarações de intenções da equipe de governo. Os gastos públicos excessivos
são inflacionários e a dívida publica se eleva, tornando a vida dos cidadãos
cheias de dificuldades, em face a alta do custo de vida.
O economista-chefe do Banco Itaú, que também já foi diretor
do Banco Central, Mário Mesquita, sugere à equipe econômica que retorne a lei
do teto de gastos, para que haja uma tendência de queda das taxas de juros, que
estão bastante elevadas. A atual lei de regime fiscal, no qual o crescimento
das despesas é atrelado às receitas, chamado de arcabouço fiscal. As despesas podem
crescer de 0,6% a 2,5% ao ano, dependendo da arrecadação. Ademais há o
mecanismo de ajuste, no caso das receitas cresçam abaixo do esperado, elas
serão reduzidas proporcionalmente. Por seu turno, o superávit primário está
sendo esperado a partir de 2025.
Mesquita disse ainda que “Achar que a gente vai ter taxa de
juros nominal e real civilizada, em linha em que se observa em outros países,
com a política fiscal que o Brasil tem é meio autoengano”.
Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no segundo
mandato de Fernando Cardoso, de 1999 e 2002, declarou na semana passada: ”O
País apresenta sintomas muito graves de um paciente na UTI, com juros futuros
na lua”. Acredita ele que somente a política fiscal pode contribuir para que o
BC tenha o controle da inflação e não somente a política monetária e a cambial.
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