VOLTA A INFLAÇÃO A ACELERAR-SE
04-02-2025
Mário Henrique Simonsen, célebre economista e engenheiro,
banqueiro, professor emérito da Fundação Getúlio Vargas, escritor, que foi
ministro, duas vezes, do regime militar, de 1964 a 1984, em seus livros afirma
que a inflação existe pela incapacidade distributiva do governo, analisando o
modelo fechado de dois setores. Ou seja, as famílias querem mais renda, as
empresas querem mais lucros e o governo quer mais tributos. Como se resolve
isso, via expansão monetária. Ou seja, nas suas palavras, pela
incompatibilidade da política distributiva do governo. A origem da inflação se
torna o excesso de moeda para a realização das transações. Ou seja, na esfera
monetária, onde estão seus volumes e suas velocidades. Vetores do modelo MV =
PY (quantidades de moedas e velocidades vezes níveis de preços e produtos e
serviços), definidos como variáveis independentes do modelo livre: M1, M2, M3, M4, V1, V2, V3, V4.
Quando se trabalha com o modelo de quatro setores, ao
incluir-se o setor externo, exportações e importações, estudiosos economistas
chegaram à conclusão que há uma inflação importada, de grande tamanho,
responsável por cerca de 30% da inflação.
O dragão da maldade, como é desenhada a inflação, muto embora
o governo federal e o Banco Central procurem combatê-la, alguns fortes agentes
econômicos, recentemente, contribuíram para acelerá-la. Uma das constatações
fez ontem o site Estadão, do dia 1º. a seguir, dia que os custos para as
famílias e as empresas subiram bastante: Título – “Reajuste da Petrobras
impacta inflação e não elimina defasagem internacional”. 1º parágrafo do texto
– “Depois de um mês e meio de sem alteração, o preço do diesel produzido pela
Petrobras será elevado em 6,3%, a partir deste sábado, 1º (já foi), nas
refinarias da empresa, em paralelo à alta do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS, que fora por volta de 7%) pelos Estados, trazendo
mais dor de cabeça para o governo. Não somente pelo estrago que pode fazer na
inflação, mas por mexer com uma categoria que já se mostrava insatisfeita com
as condições de trabalho: os caminhoneiros”.
Se houver um paralização de caminhoneiros, como houve de 11
dias, de 21 a 30 de maio de 2018, quando o PIB perdeu muito do que poderia ter
sido feito. Ou seja, as expectativas, na época, eram de crescimento de 2,5% do
PIB e caíram para 1,1%. De fato, o PIB cresceu por volta de 1,0%. Além do
grande recrudescimento inflacionário, os resultados agora seriam péssimos para
os fazedores de política econômica, cujo presidente atual, Lula, já tem muita
gente querendo o seu impeachment, desejando Geraldo Alckmin, seu vice e que
está ávido para sucedê-lo. Não fosse assim não iria submeter-se depois de ter
dito “cobras e lagartos” sobre Lula e aceitar a atual condição. Isso dito aqui
é a percepção do fato como se apresenta de forma velada.
“
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