COLOCAÇÃO DO BRASIL NA DESIGUALDADE DA RENDA

 

17-03-2025


Sabe-se que o Brasil é um país com elevada desigualdade na distribuição de renda. Existem muitos estudos sobre o assunto e muitos apontamentos de causas. São causas, que se tornam efeitos e se tornam de novo causas. A disparidade entre as classes de renda é decorrente de herança ou de percepção de riqueza por diferentes motivos, sejam eles hereditários, frutos do esforço do trabalho, perante a acumulação de trabalho (que se torna capital, na concepção marxista, correta, capital é trabalho acumulado), ou, sejam eles decorrentes do investimento, seja ele pela educação e até mesmo pelo ganho, aparecendo em bem menor grau, de doações, apostas ou loterias.

O índice que mede o grau na distribuição de renda é chamado de Gini. De acordo com o coeficiente de Gini, a desigualdade é medida colocando-se em um eixo as classes de renda e no outro eixo as parcelas de população, onde zero representa completa igualdade e 100 a completa desigualdade. Conrado Gini foi um estatístico, demógrafo e sociólogo italiano (1884-1965), que criou em 1912 o referido indicador, um dos mais usados mundialmente para medir a desigualdade na distribuição de renda.

É importante destacar que, embora o Brasil esteja entre os países mais desiguais, ele é a única nação de grande economia a figurar entre as 15 maiores nações globais.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de maio de 2022, revelam que a parcela de 1% dos brasileiros dos mais ricos ganha uma renda média mensal 32,5 vezes maior do que o rendimento da metade mais pobre da população.

A revista Exame, datada de 27 de dezembro de 2023 publicou um artigo intitulado “Quais são os países com maior desigualdade social no mundo; veja a posição do Brasil no ranking”. A classificação brasileira é a 14ª posição, com índice de Gini de 48,9, compartilhando a posição com a República Democrática do Congo.

Conforme ainda a citada revista, Entre os dez países com maior índice desigualdade se encontram: 1) África do Sul (G = 63); 2) Namíbia, África (G = 59,1); 3) Zâmbia, África (G = 57,1); 4) República Centro-Africana (G = 56,2); 5) Essuatini, na África Austral, antiga Suazilândia (G = 54,6); 6) Colômbia, América do Sul (G = 54,2) ; 7) Moçambique, África (G = 54);  8) Botsuana, África (G = 53,3); 9) Angola, África (G = 51,3); 10) Santa Lucia, no Caribe (G = 51,2). Assim, dos dez mais desiguais, oito ficam na África.

Já, para o Banco Mundial, o Brasil é um dos dez países mais desiguais do mundo, sendo o único da América Latina no grupo. Parece não ser verdade, visto que, pelo estudo da revista Exame, o sexto lugar é o da Colômbia. Por outro lado, o Banco Mundial utiliza de outros critérios, que não só o Coeficiente de Gini, tal como a linha da pobreza, cujas pessoas tenham uma renda per capita inferior a R$499,00 por mês, conforme publicação daquele organismo de 14 de julho de 2022.

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