ESTUDO SOBRE PROTECIONISMO NO BRASIL
01-04-2025
Este mês está marcado pelo acirramento da guerra comercial do
presidente Donald Trump, buscando reciprocidade no tratamento da balança de
comércio com muitos países e, o Brasil é um deles, juntamente com o Canadá e o
México, que já tem recebido 25% de tributos sobre o aço, desde início do
governo dele. Provavelmente, virão outras taxações e isto irá afetar o
incremento do PIB brasileiro, que tem na demanda agregada o forte componente
das exportações. Por exemplo, o Brasil preside o grupo BRICS, de países
emergentes, além do País propor uma moeda própria. A esse respeito, se for
criada, Trump disse que taxaria em 100% os produtos advindos dos BRICS.
Conforme estudo publicado pelo Banco BTG Pactual, mais de 86%
das importações brasileiras são submetidas a algum tipo de barreira não
alfandegária, protegendo os produtores nacionais da concorrência externa. Esse
tipo de barreira corresponde a normas sanitárias e fitossanitárias, cotas ou
restrições quantitativas para determinados produtos, além de licenças ou
inspeções de órgãos, tais como o IMMETRO ou a ANVISA.
O estudo em referência se baseou em plataforma de comércio do
Banco Mundial, sendo selecionado 12 países, quando se verificou o “índice de
cobertura” das barreiras não tarifárias. Às vésperas do Plano de Reciprocidade
de Trump (ele prometeu o início do referido Plano para 02 de abril), a partir
do qual haverá taxas americanas sobre os produtos de todos os países que cobram
tarifas mais altas, sejam explicitas ou implícitas.
O governo de Washington ressalta que o Brasil está entre os
países que impõem as maiores taxas alfandegárias sobre produtos americanos, em média,
de 11,3%.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad está nesta semana na
Europa, precisamente, agora em Paris, na França, procurando apressar o
Mercosul. Há mais de 20 anos que vem sendo costurado. Porém, a França é o seu
maior oponente.
Em resumo, de amanhã em diante, se saberá o impacto na guerra
comercial, a partir dos Estados Unidos. Enquanto isto, Donald Trump, ainda não
tem três meses de governo e já está pensando em postular o seu terceiro
mandato, com os mesmos lemas de fazer voltar a enriquecer a economia
norte-americana, via valorização do dólar e atração de investimentos externos,
ao tempo em que procura proteger os seus investidores e produtores domésticos,
via taxações.
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