FALTA DE MÃO DE OBRA TAMBÉM NOS SUPERMERCADOS

 

22-03-2025


Não bastante a escassez de mão de obra qualificada, no Brasil como um todo, fato reconhecido até mesmo por organismos internacionais, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) veio nesta semana revelar que está tendo dificuldades de recrutar também mão de obra não qualificada. Para a ABRAS existe atualmente 357 mil vagas em aberto, principalmente, para aprendizes e principiantes. O vice-presidente da ABRAS, Márcio Milan, afirmou que, muitos jovens tinham os supermercados como o primeiro emprego. Entretanto, muitos deles estão procurando e tendo empregos informais, devido à flexibilidade existente. Parece que ele quis dizer há resiliência demais, perante as apelações dos seguros sociais.

O segmento de supermercados tem cerca de 400 mil lojas espalhadas pelo País, empregando, por volta de 3 milhões de trabalhadores, direta e indiretamente.

Mesmo com o aperto no mercado de trabalho, mediante desemprego aberto em torno de 6,1% da população economicamente ativa, sabe-se que existe um grande número de “nem=nem”, aqueles que não procuram emprego e não querem trabalhar, ficando em caso ou em trabalho informal, descontínuo ou não, também, recebendo os benefícios do Programa Bolsa Família, além de outros auxílios, tais como o seguro-desemprego, o saque anual de recursos do PIS/PASEP, o recente Programa Pé de Meia (com um ano de criado) e, tal como agora, o reforço dos benefícios do Programa “Auxílio Gás”, para aqueles inscritos no CadÚnico, instrumento que credencia também o Bolsa Família.

Ademais, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), órgão que acompanha o progresso de mais de 100 países, incluindo 38 membros e diversas nações parceiras, avaliando estudantes do ensino médio, a qual tem sempre classificado o Brasil em um dos últimos lugares no teste PISA, avaliação de estudantes em todo o mundo, na faixa de 15 anos, estudantes do ensino médio, onde existe o maior conjunto de deficiências educacionais e relativa maior evasão escolar. Não sem motivo que o governo criou, fazendo agora um ano, o Programa Pé de Meia, para bonificar mensalmente aqueles que querem estudar no ensino médio.

Em resumo, embora haja um indicador de 6,1% de desemprego aberto no País, conforme o IBGE, muitos destes preferem ficar “encostados”, seja no INSS ou nos Programas Sociais do Governo, a ter que trabalhar. É só pergunta a muitos empresários e terá resposta de que não se encontra “gente” para trabalhar. Enfim, um prejuízo enorme e que atrasa o desenvolvimento do País.

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