ÍNDICE DE ATIVIDADE DO BANCO CENTRAL DE JANEIRO
18-03-2025
O Banco Central calcula um índice de Atividade Econômica,
chamado de IBC-Br, mensalmente. Trata-se de uma prévia do PIB, relativo ao
cálculo oficial é feito pelo IBGE, órgão que tem a maior abrangência que tem
das estatísticas da atividade econômica brasileira, mas que divulga
trimestralmente o seu cálculo oficial do PIB.
O IBC-Br é calculado a partir da soma ponderada das pesquisas
da produção industrial, comercial, de serviços e da agropecuária mensais,
realizadas sistematicamente pelo IBGE, além dos dados da receita federal de
tributos. Ele é ajustado sazonalmente, para capturar melhor as tendências da
economia. Cobre toda a economia nacional.
O IBC-Br de janeiro surpreendeu os mercados, calculado em
0,89%, quando se esperava no mercado financeiro por volta de 0,30%. O indicador
subiu, em janeiro, para 154,6 pontos, o maior da série histórica. Em 12 meses,
até janeiro, acumulou alta de 3,82%. Mas, mesmo assim, vem se desacelerando,
visto que em dezembro, em 12 meses, era de 3,88%. É a primeira desaceleração do
IBC-Br desde junho de 2024.
O relatório de mercado Focus, divulgado semanalmente desde o
ano 2.000, nesta semana está projetando uma retração da mediana do PIB, de
2,01% para 1,99%, após quatro semanas de estabilidade. A pesquisa Focus é
realizada com cerca de 100 instituições financeiras. Considerando 75 delas, a
retração estimada da mediana foi para 1,98%. O PIB brasileiro cresceu somente
0,2%, no último trimestre, fechando o ano de 2024 em 3,4%, conforme o IBGE. O
carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%, o que indica que não haveria
recessão, mas baixo crescimento em 2025.
A mediana do dólar comercial para 2025 caiu para R$5,98.
Ontem, a cotação baixou, em negócios, até R$5,55. A mediana da projeção da
SELIC até o final de ano continuou em 15%. A mediana da projeção da inflação
voltou de 5,58% para 5,66%, mas ainda acima do teto da estimativa prevista pelo
Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%.
Enfim, uma ilação, em geral, é de que PIB e inflação começam
a ceder, diante de taxas de juros muito altas, mostrando o acerto de política
monetária que vem sendo feito pela autoridade monetária brasileira.
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