LUCROS ALTÍSSIMOS DOS PLANOS DE SAÚDE
21-03-2025
Conforme balanço divulgado pela Agência de Saúde Suplementar
(ANS), os planos de saúde, em seu conjunto, tiveram um lucro de R$11,1 bilhões.
Uma elevação de 71%, em relação ao ano de 2023. Este é o melhor resultado do
segmento desde o ano de 2020, em plena pandemia do covid 19, quando o conjunto
deles tiveram um lucro de R$16 bilhões. Uma verdadeira contradição, em pandemia
decretada (2020), o lucro daquela época ser maior do que o do ano de 2023, haja
vista que, pela hospitalização e remédios da pandemia foi um grande estouro de
gastos, principalmente os públicos.
Consoante a ANS, a remuneração das aplicações financeiras dos
referidos planos, mantidas pelas operadoras médico-hospitalares, que totalizaram
R$120 bilhões no final de 2024, corresponderam a R$8,5 bilhões (76,6%) do
resultado líquido global.
Existiu também um saldo positivo de R$4 bilhões, na diferença
entre receitas e despesas diretamente relacionadas com as operações de
assistência à saúde, saldo este muito próximo daqueles que vinham sendo
realizados antes da pandemia citada.
Não obstante isto, os planos de saúde têm se queixado à ANS
de que os valores dos prestamistas deveriam ser reajustados de forma mais
ampla. Ora, os planos de saúde têm que visar de forma bem ampla o exercício
lucrativo ou prestar melhor acolhida aos seus beneficiários, pagantes dos
planos?
Ademais, os corpos médicos e hospitalares muito têm se
queixado dos baixos valores pagos e a falta de acolhimento de procedimentos mais
completos e menos invasivos, tais como as cirurgias robóticas, que não são
ainda contemplados pela referida Agência.
Não é sem motivo que os donos dos planos de saúde são grandes
bancos e financeiras, haja vista a avidez com que eles aplicam os recursos
financeiros, em detrimento do credenciamento e de pagar melhores valores à rede
médica.
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