PRINCÍPIO DE PARETO

 

31-03-2025


Vilfredo Pareto (1848-1923), foi economista, sociólogo e engenheiro italiano, reconhecido pelas suas teorias sobre a economia e a sociologia. Pelo menos são registradas nos manuais científicos três das suas contribuições.

A primeira delas, chamada de Teoria do Ótimo de Pareto. Para ele é fundamental “O Sistema de Preços e a Alocação de Recursos”, nome que mais tarde do seu tempo, Richard Leftwich assim denominou, ou, simplesmente, o assunto faz parte da Microeconomia. A situação do ótimo paretiano seria uma situação em que todos pudessem ganhar. Porém, Pareto disse que isso era impossível. Em gráfico, pode-se ver como não se pode melhorar a situação de um agente econômico sem piorar a de outro. Entretanto, na prática muitos admitem a teoria de que todos ganham. Seria o ganha-ganha. A segunda, chamada Teoria da Distribuição de Renda. Para ele, a distribuição de riqueza segue um padrão matemático, onde uma pequena parcela da população detém a maior parte da riqueza. Daí, pode-se fazer a Curva de Pareto. A terceira, chamada de Teoria do Princípio de Pareto (80/20). Para ele, em muitos fenômenos 80% dos efeitos vem de 20% das causas. É, neste último ponto, que abaixo se irá expor.

A recente série da Netflix, intitulada “Adolescência”, baseia-se também na Teoria do Princípio de Pareto (80/20). No século XIX, analisou Pareto um padrão no qual 20% dos italianos detinham 80% da renda nacional. Observou ele também que o padrão se repetia em muitos outros países e o conhecimento do fato passou a ser uma generalização de que 80% dos efeitos vem de 20% das causas.  Na série referida, os influenciadores digitais são chamados de incel (celibatários involuntários, os quais culpam as mulheres pelos seus fracassos sexuais). A aplicação do conceito também se faz para relacionamentos pessoais, como na série referida. Segundo essa ideologia, 80% das mulheres só se interessam por 20% dos homens, fração da qual os celibatários não acreditam fazer parte. Então, ficam ressentidos e se revoltam contra as mulheres, não contra os 20% dos homens em referência.

A Folha de São Paulo, do dia 29, passado, publicou um artigo intitulado “Incels retratados em ‘Adolescência’, são racistas e antipatriotas no Brasil”. A saber: “Na série, como na vida real, adolescentes veem nessa ideologia uma validação pra sua baixa autoestima”.

O fato é que a série “Adolescência” traz à tona um assunto que preocupa pais e professores, acerca da rede digital que prega o ódio às mulheres, chamada de “manosfera”. O nome serie a composição de ‘man’ = homem em inglês, mais ‘esfera’ = que seria o espaço de ideias e debates ‘on line’.

Em suma, em uma lauda se procura aqui colocar aspectos teóricos e práticos para referir-se ao progresso das ciências econômicas.

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