PROJEÇÕES SEMANAIS DE MERCADO

 

25-03-2025


O Banco Central apresentou ontem seu informativo Focus, com as medianas de estimativas de cerca de 100 economistas das instituições financeiras, principalmente, acerca de inflação, taxa básica de juros (a SELIC), PIB e dólar comercial. Permaneceu inalterada a previsão de que a SELIC chegará a 15% no final deste ano. Mas, as estimativas para a inflação, PIB e dólar comercial recuaram um pouco. Manteve-se a tendência de que a situação continuará de aperto monetário e altas taxas de juros. Para o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que é a inflação oficial, o IBGE realiza pesquisas com uma cesta enorme de 377 produtos e serviços, componentes da cesta de consumo das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, nas seis maiores regiões metropolitanas do País.

Ainda ontem, o vice-presidente da República e Ministro da Industria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu que fossem retirados do cálculo da inflação oficial, os alimentos e a energia elétrica e que a medida fosse estudada pelo Banco Central. Isto seria um grande erro em retirar os alimentos, que são muitos e captam principalmente o custo de vida. A inflação ficaria muito baixa já que são os alimentos que mais puxam o IPCA. A energia elétrica, também, visto que se trata de um insumo contido em quase todos os produtos. Quanto à sugestão de referidas exclusões, não é para o Banco Central e deveria ser colocada para o IBGE, que calcula o processo inflacionário. Alckmin não é o primeiro a querer manipular a inflação. Como ministro da área econômica, mesmo sendo médico, tem dado palpites infelizes como estes.

Por sua vez, Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, disse ontem que a inflação em 2025 pode “surpreender positivamente”, em razão da supersafra prevista, do comportamento do câmbio e do cenário político externo. Surpreender, negativamente; supersafra prevista pode ter redução nos preços dos alimentos, colocando a inflação para baixo; o câmbio e cenário político externo pode não ser bons, devido à guerra comercial e a predita valorização do dólar, conforme tem dito Donald Trump.

Assim, a previsão do IPCA de 2025, caiu de 5,66% para 5,65%, muito acima do centro da meta de 3,0%, mais margem de tolerância de 1,5%, indo para 4,50%, distante 1,65%. O crescimento estimado do PIB, em 2025, baixou de 1,99% par 1,98%.  Quanto ao dólar comercial a projeção para este ano se reduziu de R$5,98 para R$5,95. Para 2026 a projeção permanece em R$6,00.

 

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