RELATÓRIO DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL
29-03-2025
O Relatório de Política Monetária do Banco Central (BC) é
publicado trimestralmente. Anteontem, foi divulgado o mais recente deles. Em
síntese, trouxe previsão menor para o PIB de 2025, concordando que a economia
brasileira está se desacelerando. A expectativa agora é de que não cresça mais
2,1%, mas 1,9%. Parece que é uma estimativa de 0,2% menor. Mas, não é não. É
uma previsão reduzida em 10,5%.
Mediante dados do IPCA-15 do IBGE, o qual sinaliza uma
pequena desaceleração do índice de inflação oficial, o citado relatório
antecipa que poderá haver uma retração de 100%, na subida da taxa básica de
juros, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária de maio, tendo em
vista que na última reunião a elevação fora de 1,0%, bem como nas duas
anteriores de 1,0% cada uma delas. Vale dizer, o BC está acreditando numa
convergência, ainda que lenta, do índice de inflação para o teto da meta
inflacionária, ainda que para o seu teto, em primeira instância, cujo centro da
meta é de 3,0%, mais viés de alta de 1,5%, somando 4,5%. Na verdade, o BC está
antevendo que neste ano e até em meados do próximo, a inflação ainda acima do
referido teto de 4,5%.
Por seu turno, a taxa básica de juros está em 14,25%,
bastante elevada, assim como o mercado financeiro acredita que até o final do
ano estará em 15,0%. Entretanto, 14,25% mais 0,5%, estimado para maio, ficará
apenas pequeno espaço de 0,25%, para cerca de cinco reunião do referido Comitê,
implicando que poderá ficar a SELIC congelada em pelo menos quatro reuniões
ainda deste ano, que poderão ser seguidas ou não.
O IPCA-15, relativo aos 15 dias de março, desacelerou para
0,64%, após registrar 1,23% em 28 dias de fevereiro. Porém, no acumulado de 12
meses, o IPCA-15 esteve acelerado a 5,26%, após marcar 4,96% até fevereiro. A
observação do IPCA-15 ainda revela que a autoridade monetária mantenha cautela,
para reiniciar o ciclo de baixa da SELIC. Por seu turno, o mercado financeiro
acredita que, em 2025 e em 2026, a taxa inflacionária ainda ficará acima do
teto da meta de 4,5%, proposta pelo Conselho Monetário Nacional.
Conforme aqui já colocado, o objetivo diário é escrever uma
lauda sobre a conjuntura econômica, para debate em sala de aula de Economia
Brasileira.
O artigo de hoje amanhã adiantado por motivo de viagem.
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