ALARGAMENTO DA GUERRA COMERCIAL

 

17-04-2025


A conjuntura econômica continua muito viva em trazer novidades e aperfeiçoamentos. Agora foi mais uma vez de Donald Trump assinar uma ordem executiva para dar início a uma investigação sobre minerais críticos, potencialmente conduzindo a tarifas adicionais sobre recurso industriais. A ordem se expressa sobre sondagens das importações de produtos farmacêuticos, mas também pode envolver produtos obtidos das ‘terras raras’, alargando assim o potencial da guerra comercial com a China. A investigação se dá ao abrigo da lei de expansão do comércio de 1962, relativa a “determinar os efeitos sobre a segurança nacional das importações de minerais críticos transformados e seus produtos derivados”. Consoante a referida ordem ainda: “os minerais críticos, incluindo os elementos das ‘terras raras’, sob a forma de minerais processados são matérias primas essenciais e contributos de produção críticos necessários para a segurança econômica e nacional” A citada lei foi usada por Trump para impor 25% de tarifas sobre derivados de ferro e alumínio. Agora ele manda explicitamente investigar sobre o cobre. No mês passado, o presidente assinou uma ordem para impulsionar a produção de minerais críticos.

Segundo a Casa Branca, os Estados Unidos da América (EUA) importam 15 minerais críticos, 70% dos quais são originários da China. Os EUA têm apenas uma mina de referidos minerais e não têm fundições nacionais, o que os deixam dependentes das importações chinesas.

Q consultoria TD Economics apresentou trabalho no qual mostra que a China domina mais da metade de 50 minerais estratégicos da Tabela Periódica. Mantem também 90% de poder monopólico na refinação dos elementos de ‘terras raras’ ao nível mundial. Por seu turno, os EUA estão à procura de novas fontes de abastecimento ao nível global. Em fevereiro, Trump exigiu 500 milhões de dólares de ‘terras raras’ e minerais críticos da Ucrânia, para as conversações de paz com a Rússia, tendo em vista melhorar condições de negociação, em confronto com a China. Aliás, além da guerra comercial global, Trump tem feito declarações que parecem contraditórias, mas a sua determinação é de que se procure substituir importações via produção doméstica. A produção mundial vai fazer o que? Não vender? Vai vender sim, até porque há capitais norte-americanos nos processos químicos em outros países. Que poderão ser sobretaxadas, para dar espaço a referida substituição de produtos importados por produção doméstica.  

A Casa Branca informou anteontem que a China está sujeita a pagar até 245% de tarifas adicionais para exportar seus produtos, no caso de tomar novas medidas retaliatórias. Atualmente, a tarifação americana da espécie está em 145% adicionais. A tarifação chinesa em 125% incrementais. A China declarou que a Casa Banca pare de ameaçar e de chantagear. “A China não quer brigar, mas não tem medo de brigar”, declarou o porta voz chinês Lin Jian, do Ministério das Relações Exteriores. Para ele, a negociação tem que ser na base do respeito e do pé de igualdade. E “la nave và” nessa conturbada tormenta.

Enfim, ontem a China recorreu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, com o fito de protestar à elevada carga tributária imposta pelo tarifaço de Trump. Ela disse que os EUA estão empurrando o mundo para o menor crescimento econômico e voltando atrás nos progressos que foram realizados pela Organização Mundial do Comércio e pondo ‘fim’ à chamada ‘globalização’ econômica. Disse que não irá facilitar a ‘vida’ norte-americana e de que o mundo perderá muito, provavelmente com a recessão global.

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