FIRMES BRASIL E CHINA

 

12-04-2025


A retaliação comercial iniciada pelos Estados Unidos da América, no segundo mandato do presidente Donald Trump fez com que o Brasil aprovasse pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República a Lei de Reciprocidade do comércio internacional. Trump deu uma trégua de três meses para o maior tarifaço, discriminando por países, deixando que cerca de 75 deles fiquem com uma tarifa adicional daquela existente, de 10% por tal período, mas fazendo guerra comercial com a China, impondo 145% de tarifas adicionais. A China permanece firme e tem acompanhado os reajustes de taxas adicionais de impostos. Qual a razão para a China revidar aos golpes norte-americanos? Simplesmente, a China é a segunda maior economia global.

Nos dias de hoje os Estados Unidos são o principal destino das exportações chinesas, representando 14,8% do total exportado pela China, equivalentes a US$501 bilhões de um total de US$3,37 trilhões de exportações chinesas. Embora seja de enorme valor, as exportações da China em referência correspondem a apenas 2% do seu PIB. Portanto, ela tem uma movimentação econômica principalmente doméstica. A retaliação recebida tem feito com que a China venha a se voltar a favor dos parceiros tradicionais, tais como o Brasil, que tem nela a sua maior parceira comercial. Porta voz chinesa disse a sua população que está em forte posição para resistir as pressões norte-americanas. Disse ainda que preferiria não se envolver na citada guerra comercial, visto que enfrenta problemas da sua crise imobiliária, dívida regional exagerada e desemprego persistente entre os jovens de lá.

Por seu turno, a China é o terceiro maior parceiro comercial dos Estados Unidos, recebendo cerca de 7,3% das exportações norte-americanas em 2023, no montante de US$143,5 bilhões. O porta voz norte-americano tem declarado que o objetivo principal é de chamar para dentro dos Estados Unidos o capital empregado lá fora, fortalecendo a economia deles e enriquecendo seu povo. No curto prazo, haverá queda do crescimento econômico e maior inflação. Por sua vez, os reflexos existirão por todo mundo, inclusive o Brasil, onde já existe um processo de desindustrialização.

Trump tem declarado que a China irá se render. A China tem declarado que não se submeterá. Enquanto isso, a incerteza e o risco são maiores no protecionismo do que na liberdade de comércio.

Brasil e China tem feito muitos contatos para estabelecer suas estratégias de comércio. A maior delas é a saída para as costas brasileiras do Oceano Pacífico, através de corredores terrestres.

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