RELATORIO DE ESTABILIDADE FINANCEIRA GLOBAL
23-04-2025
A cada semestre, O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresenta
o seu Relatório de Estabilidade Financeira Global, este de abril, apresentado
em reunião com o Banco Mundial, em Washington,
com os representantes dos países membros, trouxe um diagnóstico de que os
riscos de estabilidade econômica cresceram, em razão do aumento da incerteza
econômica, em torno do comércio internacional e de fatores geopolíticos, que
apresentam três vulnerabilidades: a primeira, as avaliações de problemas mais
intensos permanecem altas nos mercados acionários globais, deixando espaços
para novas quedas, e, de dívida pública, em geral, considerando altas as taxas
de juros praticadas; a segunda, algumas instituições financeiras estão bastante
alavancadas, tais como os hedge funds, que, sobre pressão, poderão provocar
novas quedas nas bolsas; a terceira, mais turbulência poderá haver sobre os
mercados de dívida soberana, principalmente para países de alto grau de
endividamento. A principal consequência que vê o FMI é que a guerra comercial,
iniciada pelos Estados Unidos pode forçar os bancos a reservar mais fundos com
as possíveis perdas.
Outro relatório do FMI, divulgado recentemente, sobre
Perspectivas Econômicas Mundiais, trouxe previsões para baixo do crescimento
econômico global para 2025 e 2026. O principal motivo tem sido o impacto
negativo das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A estimativa do
crescimento médio do PIB mundial de 2025 foi reduzida de 3,3% para 2,8%. A de
2026, de 3,3% para 3,0%. Os Estados Unidos poderão crescer menos 0,9% em 2025, agora
com PIB incrementado de 1,8%. A redução da estimativa da China tem taxa de
aumento do PIB, saindo de 4,4% para 4,0%. Enfim, estimativas para os membros do
seu comitê todas de retração nas taxas de crescimento.
Para o Brasil, o FMI reduziu a sua projeção de crescimento
deste ano para 2,0%. O Banco Mundial permaneceu em 2,2%, bem próxima da
estimativa de 2,3% do Ministério da Fazenda. O boletim Focus semanal, do
mercado financeiro, estima 2,0%. O Banco Central do Brasil reduziu sua projeção
de 2,1% para 1,9%. Essas projeções refletem uma expectativa de crescimento
moderado da economia brasileira para o corrente ano, variando de acordo com as
diferentes avaliações sobe fatores externos e internos que poderiam influenciar
o desempenho econômico brasileiro.
Comentários
Postar um comentário