ANÁLISE DA CONJUNTURA SEM PREVISÃO
01-05-2025
Aqui se procura ter um espírito crítico com respeito à
conjuntura econômica. Por exemplo, a análise parcial de hoje da CNN com a
divulgação de que a agência de risco Fitch está indicando que o crescimento
econômico deste ano está sendo reduzido, para 1,9%, havendo crescimento da
inflação para 4,3% e um único corte dos juros básicos da economia de 0,25%,
neste ano nos Estados Unidos. Antes se falava em mais cortes nos juros básicos.
Donald Trump até tem pressionado o presidente do FED para fazer isto. Ainda
conforme a Fitch Ratings, sete emissores de segmentos econômicos dos EUA
ficaram inadimplentes, sendo cinco segmentos produtivos e dois segmentos
diferentes de alto rendimento, em suas dívidas de empréstimos em março. Justifica-se
de que as taxas de juros altas por longo tempo, mais o enfraquecimento da
demanda agregada, por parte afetada fortemente pelas novas tarifas adicionais colocadas
pelo novo governo. Assim, pronunciou-se a Fitch em relatório: “Vemos aumento da
atividade de inadimplência em 2025 nos setores mais vulneráveis às tarifas,
especialmente aqueles com exposição à cadeia de suprimentos internacionais”. Isto é óbvio. Mas, a tomar partido a CNN, que
é do lado “democrata”, não antevê um fortalecimento da produção doméstica, que
ficará mais competitiva e poderá crescer, no médio e no longo prazo. Portanto, é
uma análise parcial e sem previsão além do curto prazo.
Ademais, há um movimento global de retrair um pouco o
processo inflacionário, visto que os preços do barril de petróleo recuaram
bastante, não somente porque a Arábia Saudita indicou aumento de produção, bem
como por retração da demanda global. Em abril se deu a maior queda mensal em
quase três anos e meio. Por seu turno, o dólar comercial teve forte alta, depois
de oito quedas seguidas.
Como os dados acima afetaram o Brasil? Em resumo, transparece
a confirmação de que o PIB deste ano crescerá menos e de que a inflação tende a
recuar no médio prazo.
Neste primeiro de maio é possível se antevê que, mediante
altas taxas de juros básicas, que não se reduzirão ainda em 2025, conforme
estimativas do mercado financeiro, estando estimada em 15% até o final deste
ano (hoje está em 14,25%), a taxa de desemprego que, conforme divulgado pelo
IBGE em sua Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua do primeiro trimestre
deste ano, tendo se elevado para 7%, quando no quarto trimestre de 2024 se
encerrou em 6,2%, uma elevação de 0,8%, mas que foi proporcionalmente um
aumento de quase 13%.
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