AVALIAÇÕES INTERNACIONAIS

 

23-05-2025


As avaliações internacionais tem vindo da Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Cepal, agências de crédito, tal como ontem se colocou o Banco Morgan Stanley, além das agências de risco, tal como a Fitch Ratings, os três primeiros, baseados em Washington e, os dois últimos, baseados em Nova York dentre muitos outros. Obviamente, tais organismos tem escritórios no Brasil e muitos outros. Embora o Brasil tenha uma economia considerada “fechada” ao comércio internacional, o País é a décima economia global dentre cerca de aproximadamente 200 países mundiais. 

Em memorável passagem do economista Paul Baran, nos anos de 1960, na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), criado em 1956, para tentar reduzir as desigualdades regionais, órgão hoje esvaziado, outrora muito importante ao gerir os incentivos fiscais para a região Nordeste, ele declarou: “não é o planejamento que planeja o capitalismo; é o capitalismo que planeja o planejamento”.

Dessa forma, quando se vê o grande conglomerado financeiro, Morgan Stanley, recomendar a compra de ações da bolsa brasileira, estimando que ela, dentro de aproximadamente um mês, chegará aos 189 mil pontos, conforme artigo de ontem, desconfie, visto que aí estão os maiores especuladores globais. A especulação é o terceiro motivo de demanda por moeda, conforme Keynes (os outros dois motivos são para transação e para reserva de valor).

De outra forma, quando se vê organismos internacionais acompanhar a economia brasileira, fazendo avaliações, de forma positiva, geralmente, acredite, visto que eles têm interesses na expansão capitalista e, podem muitas vezes corrigir erros estatísticos, tal como fez o FMI, nos cálculos de inflação da época da ditadura militar, anos de 1970, cujo sistema político dizia que a inflação estava na casa de 20% e ela estava na casa superior, o dobro, mais de 40% ao ano.

A Fitch Ratings veio ontem apresentar novos cálculos para o crescimento de dez países, os quais acompanha mais de perto, devido aos interesses financeiros. Assim, reduziu a média do potencial da maioria dos dez países emergentes de 4,0% para 3,9%, em face da “guerra” comercial. Mas, elevou a taxa de crescimento de outros, como a do Brasil.

Assim, para a China, a projeção do incremento do PIB caiu de 4,6% para 4,3%; Indonésia, subiu de 4,9% para 4,7%; México, de 2,0% para 1,7%; Coreia do Sul, de 2,1% para 1,9%; Brasil, de 1,7% para 2,0%; Índia, de 6,2% para 6,4%; Rússia, de 0,8% para 1,2%; Polônia, de 3,0% para 3,2%; África do Sul, mantido em 1,0% e, Turquia, mantida em 4,2%.

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