INTERROMPER O CICLO DE APERTO MONETÁRIO
21-05-2025
Após declarações do presidente do Banco Central (BC) e da
divulgação da ata do Comitê do Banco Central, da reunião da semana passada, de
que poderá ser interrompido o ciclo de aperto monetário, o mercado financeiro
projetou, conforme boletim Focus, desta semana, mais uma vez, que a taxa básica
de juros se encerrará este ano em 14,75% e para o ano que vem também se manteve
uma SELIC em 12,50% ao ano. Quer dizer, o próprio governo acredita que a taxa
básica de juros continuará ainda muito alta, acima de dois dígitos, por cerca
de aproximadamente dois anos.
No geral, o colegiado do BC já realizou seis aumentos
consecutivos da SELIC, acumulando elevações de 4,25%, desde o início do ciclo
de alta em setembro de 2024. Assim, a taxa básica de juros está no mesmo
patamar que esteve em julho e agosto de 2006, de 14,75%.
Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do
BC foi demonstrado maior confiança no processo de desaceleração da atividade
econômica, visto que os juros altos estão contribuindo para moderar o
crescimento da economia.
Os economistas
consultados pelo BC toda semana, cerca de 100 deles, cujas medianas das
respostas estão no referido boletim, diminuíram a expectativa da inflação deste
ano para 5,50% e, a previsão para 2026, ficou mantida em 4,50%, que é o teto da
meta fixado pelo Conselho Monetário Nacional, a ser executada pelo BC. A
expectativa do Ministério da Fazenda é de que este ano a inflação encerre em
5,00%. Ou seja, 0,50% acima do teto da meta inflacionária.
O relatório do boletim Focus também trouxe queda das
projeções do valor do dólar, de R$5,90 para R$5,82 no final deste ano e para o
próximo ficou em R$5,90.
As estimativas para o PIB se elevaram, um pouquinho de nada,
no citado boletim, no final deste ano, de 2,00% para 2,02% e, para se 2026, a
projeção se manteve em 1,70%. Em relatório trimestral do Ministério da Fazenda
a estimativa do PIB passou para 2,40%.
O boletim Focus é uma publicação semanal, que traz as
projeções do mercado financeiro, consultado pelo Banco Central, de economistas
de 100 instituições financeiras.
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