MAPA GENÉTICO DO BRASILEIRO

 

13-05-2025


A Universidade de São Paulo liderou estudo inédito do mapa genético brasileiro, publicado na revista Science e publicado na internet pelo Estadão. A amostra foi de 2.723 pessoas, examinadas de forma completa os seus genomas. Cinco regiões de comunidades urbanas, rurais e ribeirinhas, como parte dos trabalhos sobre o DNA do Brasil. É um trabalho de maior fôlego já registrado. O estudo revelou cinco novidades.

A primeira, de que foram encontradas mais de oito milhões de variantes genéticas, o que faz do Brasil um dos países mais miscigenados do mundo. Cerca de 60% das pessoas da amostra tem descendência europeia, 27% africana e 13% nativa. Os descendentes de europeus se concentram mais no Sul e Sudeste. Já a maioria dos descendentes de africanos se encontra no Norte e no Nordeste.

A segunda, de que existem combinações de genomas africanos no Brasil que não existem nem na África, devido ao fato de que os africanos foram retirados da África de muitas diferentes localidades.

A terceira, de que ocorreram acasalamentos assimétricos principalmente de europeus com mulheres indígenas e africanas, nos séculos XVI e XVII. Depois os ajuntamentos se davam entre os grupos étnicos, que passaram a ser mais seletivos.

A quarta, de que existem variantes genéticas potencialmente patogênicas em 450 genes ligados a obesidade e a doenças do coração; 815 genes relacionados a doenças infecciosas, tais como malária, hepatite, gripe, tuberculose e leishmaniose.

Quinta, de que há variantes genéticas que favorecem a fertilidade além de genes ligados a respostas imunológicas do organismo e ao sistema metabólico, que ocorreram pela seleção natural ao longo de cerca de 500 anos.   

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