BLOCOS PARLAMENTARES EM AÇÃO
11-06-2025
A teoria econômica é bem clara em afirmar que a elevação de
tributos faz com que os empresários os repassem aos preços. Assim., elevar
tributos é a mesma coisa de contribuir para pressões inflacionárias. Ademais a
elas se aliam o déficit primário, de excesso de despesas governamentais, o que
também é inflacionário.
O governo federal atual não tem maioria no Congresso
Nacional. Para aprovar suas matérias precisa de agradar com emendas
parlamentares, que, neste ano, ultrapassam os R$50 bilhões, sore as quais
existem muitas controvérsias do seu destino.
A sanha tributária do governo federal também se deu agora com
o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Prestes a ser
devolvido o citado decreto, o governo federal se referiu a que irão ser feitas
medidas substitutivas, por emenda provisória, de taxar em 5% de Imposto de
Renda as aplicações financeiras do Agronegócio, qual sejam Letra de Crédito do
Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), ameaça de
incidência também de 5% de Imposto de Renda para a Letra de Crédito Imobiliário
(LCI) e Certificado de Recebíveis do Crédito Imobiliário (CRI), títulos que
estão isentos de Imposto de Renda, que, pelo principio de anualidade, imposto
novo somente em 2026. No caso, também, da aventada medida de elevação da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, isto pode ser feito, imediatamente, visto que já
é tributo criado. A tributação também aventada sobre as Bets de 12% para 18%
pode ser feita imediatamente.
Conforme o deputado federal, Pedro Lupion, presidente da
Frente Parlamentar do Agronegócio, o governo federal voltou a errar ao
apresentar as medidas que poderiam substituir a taxação imediata do IOF, qual
sejam as mencionadas acima, visto, para, no que concerne à agropecuária, a
ideia é taxar o cerne do Plano Safra, as LCAs. O dinheiro nelas aplicado tem
ido justamente para a colheita e para a comercialização, o que poderia ser
transferido, encarecendo os preços dos produtos. Isto é, mais inflação, quando
se quer menos dela. Ademais, prejudica a competitividade do agronegócio
brasileiro e, obviamente, será o ônus repassado ao consumidor final.
À Frente em referência tem apoio de 18 outras frentes de
empresários representadas no Congresso Nacional, que fizeram anteontem um
manifesto contra as medidas substitutas do IOF, dado que se trata de uma
manobra para disfarçar o objetivo final que é aumentar a carga tributária. Para
o citado dirigente as medidas não irão passar de jeito algum. Aliás, o
Congresso Nacional está ressabiado e a maioria dos parlamentares não suporta saber
mais de elevação da carga tributária. Por que o governo federal insiste tanto,
já que não tem maioria? Parece que não há lógica aparente, mas não é, trata-se
de apelação para declarar que não tem como cortar gastos, quando tem.
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