OS DÉFICITS PÚBLICOS SÃO TAMBÉM INFLACIONÁRIOS

 

17-06-2025


Mais uma página aqui sobre as dificuldades de caixa do governo federal, devido a projetar para este ano um déficit primário zero, com tolerância de estourar o orçamento público em até 0,25%, o que fora aprovado pelo Congresso, bem como já agora em maio ter começado a elevar imediatamente a carga tributária, com aumento generalizado do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), via decreto. Depois em junho, alterou citado decreto e também enviou medida provisória, que tem 120 dias para ser examinada, mas que também eleva o imposto de renda, imediatamente, sobre aplicações financeiras. Por seu turno, a carga tributária caminha para 35% do PIB, o que engessa grande parte do PIB e escala a dívida pública, em direção a 80% do PIB. Dois números ruins para o País. O Executivo abriu conflito com o Legislativo, tentando comprar os congressistas com as emendas parlamentares, mas o dinheiro deverá sair de onde? Das verbas dos programas sociais? Da infraestrutura? Da Saúde? Da Previdência Social? Da educação?

Além do mais, os gastos públicos excessivos são notadamente inflacionários, inflação esta que o governo procura combater, principalmente, pela elevação da taxa básica de juros, que, a propósito, o Banco Central tem reunião hoje de 45 dias, para, ao que parece mantê-la em 14,75%, conforme sinais das instituições financeiras. A inflação alta é injusta, atinge àqueles que não sabem se defender dela, como são os mais pobres, desprovidos de educação financeira adequada, desorganizando expectativas de investimentos e vêm com grande desconfiança social de que a situação vai melhorar, o que tem principalmente piorado.

O que parece ser o melhor caminho é um ajuste fiscal, baseado em reformas, tal como a administrativa, que melhore a qualidade do gasto público, reduzam burocracias, cartórios e desperdícios e procurem tornar o Estado eficiente.

 

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