INADIMPLÊNCIA DAS EMPRESAS
13-03-2024
Buscar informações nas pesquisas da Universidade de São Paulo tem sido tarefa do grupo Folha de São Paulo. A Folhapress, datada de ontem, afirmou que as companhias brasileiras continuaram com dificuldades no ano de 2023, para pagar seus débitos com os credores, não obstante a redução da taxa básica de juros, a SELIC, que, desde agosto, teve quatro reduções seguidas de 0,5%, saindo de 13,75% para 11,75%, efetuadas pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central. A SELIC continuou muito alta e o nível de endividamento das empresas brasileiras é bastante semelhante ao verificado em 2015, quando houve 11 trimestres seguidos de forte recessão, que começou no segundo trimestre de 2014.
Baseou-se em levantamento efetuado do Centro de Estudos de
Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) da
Universidade de São Paulo. O indicador do referido centro de estudos da FIPE
mostrou que o endividamento das companhias brasileiras fechou 2023 em 35,9% do
PIB, enquanto em 2015 estava em 36,1%. Números bem próximos naquele ano, que
estava em recessão e, no ano passado, quando houve bom nível de crescimento. É
instigante, mesmo que se refiram que a SELIC ainda estava bastante elevada, em
11,75% anuais, no ano passado, mas estava muito mais em 2015, em 14,25% ao ano.
De qualquer forma, a correlação positiva sempre existe em SELIC acima de dois
dígitos com a elevada inadimplência.
Por seu turno, o índice de inadimplência das empresas
brasileiras, divulgado pelo Banco Central (BC), vem crescendo aceleradamente
desde meados de 2022, embora tenha tido pequena queda em dezembro do ano
passado, para 3,47%. Este número de dezembro está muito aquém daquele
verificado em 2015 e 2015, que ficou por volta de 6%. O nível atual é mais do
que o dobro do que fora registrado três anos antes, segundo o BC, no final de
2020, quando fora de 1,45%.
Enfim, grau de endividamento tem correlação positiva e denota
grandes dificuldades das empresas obterem melhores resultados.
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