DINHEIRO ESQUECIDO

09-08-2024

Sempre houve dinheiro esquecido no sistema bancário, desde os simples resíduos até somas grandes, tanto de pessoas físicas como de pessoas jurídicas. O Banco Central (BC), que é o xerife do mercado financeiro, banco dos bancos, reuniu referido dinheiro para devolver aos titulares. Centralizou, para concentrar a solução, em um Sistema de Valores a Receber, que podem ser consultados pela internet e procurados ao BC para sacar, quando houver a temporada de saque, conforme está sendo agora. Temporariamente, o BC pode suspender o saque. O serviço pode ser consultado também por herdeiros de pessoas falecidas ou demais pessoas jurídicas de todas as esferas, no País e no exterior. O dinheiro poderia estar esquecido em algum banco, consórcio ou em outra instituição financeira.

Até o momento já foram sacados R$7,4 bilhões. De um total de R$15,9 bilhões, estando colocados agora disponíveis pelas instituições financeiras, para saque R$8,5 bilhões.

As informações do citado serviço são divulgadas com dois meses de defasagem. A respeito do número de participantes da relação, até o fim de junho, existiam 21.655.768, tendo resgatados valores, menos da metade do total de 66.362.955 correntistas incluídos na lista geral, desde o início do programa, que começou em fevereiro de 2022.

Entre os que retiraram os valores esquecidos 20.146.702 são pessoas físicas e 1.509.066 são pessoas jurídicas. Entre aqueles que não fizeram resgates 42.285.530 são pessoas físicas e 3.431.657 são pessoas jurídicas.

A maioria das pessoas, tanto físicas como jurídicas, que ainda não fizeram os saques, têm direito a pequenas quantias. Assim, os valores de até R$10,00 concentram 63,1% dos beneficiários. Os valores entre R$10,01 a 100,00 correspondem a 25,06% dos correntistas. As quantias ente R$100,01 a R$1.000,00 representam 10,04% dos correntistas. Somente 1,8% tem dinheiro a receber acima de R$1.000,00.

Dados acima fornecidos pelo BC, que alerta para tentativas de golpes nas pessoas contempladas pelo citado sistema.

Em resumo, a existência de tanta gente assim, com dinheiro a receber, talvez seja por desinformação, talvez seja por desinteresse em receber pequeno valor. Mas, com certeza, a maioria é pela falta de educação financeira.