POSIÇÃO DA COLÔMBIA DESAGRADA AOS EUA

 

18-05-2025


Desde a posse de Donald Trump, em 20 de janeiro, que os Estados Unidos (EUA) mudaram a sua geopolítica. Vale dizer, os EUA adotaram uma posição extremamente protecionista, indo de encontro as suas antigas práticas de defesa do livre comércio. Citado presidente começou uma “guerra” comercial um grande número de países, sendo a mais forte com os países asiáticos, principalmente com a China. Os países reagiram e foi dada uma trégua, que está se esgotando. Ademais, Trump acenou com anexação de territórios, a serem negociados, tais como o Canadá, Panamá, Groelândia e Gaza.

Em sua geopolítica com a China, a Colômbia procurou comprar ações do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), em visita recente a Xangai, onde está a sede do NBD, que é o Banco do grupo do Brasil, Rússia, Índia, a China e a África do Sul (BRICS). Em 2024, novos membros ingressaram no referido grupo, tais como o Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos. Ainda, em abril de 2024, a Colômbia se tornou candidata a integrar o BRICS. A entrada da Colômbia dependerá do consenso entre os atuais membros do citado bloco.

O presidente da Colômbia quer adquirir US$512 milhões em ações do NBD. Ele disse que está animado com a possibilidade de garantir o apoio do banco para um canal ou ferrovia de 120 quilômetros, conectando as costas colombianas do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico, que, conforme Gustavo Petro, posicionaria a Colômbia no “coração” do comércio entre a América Latina e o Sul da Ásia.

A reação dos Estados Unidos é grande quanto à influência da China na América Latina. Já enviou tropas ao Panamá e pretende controlar de novo o citado canal. A Colômbia é um fiel parceiro dos Estados Unidos no combate as drogas. Entretanto, o Departamento de Estado dos EUA declarou que “se oporia vigorosamente” ao financiamento de projetos ligados à Iniciativa do Cinturão da Rota Seda, pretensão chinesa desde 2013 de constituir uma grande aliança com a América Latina.

O presidente colombiano declarou que não será dissuadido pela pressão dos Estados Unidos e se declarou neutro na disputa entre os dois maiores países do globo. O Brasil também, de há muito tempo quer uma integração dos dois referidos oceanos. Portanto, a “guerra” comercial está instalada entre as principais regiões do Norte e o Sul dos hemisférios mundiais.

 

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