JUROS REAIS SAIRAM DE PRIMEIRO PARA SEGUNDO LUGAR

 

O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu anteontem em 0,5% a taxa básica de juros, que agora encerrará o ano de 2023 em 11,75% ao ano. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad comemorou o fato, afirmando que o País terá crescimento econômico sustentável, ainda mais que o referido Comitê relatou que as taxas básicas de juros continuarão caindo 0,5%, em reuniões seguidas até o final do ano. A decisão do Comitê foi por unanimidade.

A primeira consequência com respeito à SELIC, é de que a taxa básica de juros brasileira, em termos reais, isto é, descontada a inflação, tornou-se a segunda maior do mundo, em 6,11% ao ano, sendo a primeira agora a do México, de 6,58% anuais. Em seguida, vem a Colômbia, 5,07%; Chile, 3,83%; Indonésia, 3,73%; Rússia, 2,94%; África do Sul, 2,50%; Estados Unidos, 1,63%; Itália, 1,44%; Índia, 1,37%. Os dez primeiros.

Muito embora juros reais atraiam capitais financeiros, a equipe econômica acredita que o País vai crescer bem. Na verdade, Haddad tem sugerido que os juros caiam mais do que 0,5% em cada reunião. Diminuiriam mais os juros reais e a economia poderá crescer mais. As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central semanalmente, afirmam que não, que crescerá 1,5% em 2024. Mas, do ano passado, para este ano, elas erraram, visto que projetavam 0,79% no final de 2022 e agora elas acreditam que o País poderá crescer em 2023 cerca de 2,92%. De um ruim para um bom crescimento. Claro, a diferença é porque a consulta é feita toda semana e a dinâmica de mercado é dada pelos resultados auferidos pela atividade econômica no País.

Enfim, o Ministro da Fazenda afirma que o citado comitê deverá baixar mais os juros, porque tem “gordura para queimar”, em razão da inflação brasileira estar baixa e convergir para o centro da meta fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

Nesta semana se deu a quarta reunião seguida em que o Comité referido baixou a taxa básica de juros, em 0,5%, em cada reunião. Isto é já reduziu 2,0% ao ano. Aliás 2,0% foi a taxa básica praticada em 2021, não havia praticamente juros reais, a economia crescer 5%, a inflação disparou e o Banco Central teve que elevar a taxa nominal, até chegar a 13,75% ao ano, visto que a inflação estava naquele ano em taxa inflacionária ascendente.

Em suma, é preciso saber equilibrar crescimento econômico com inflação e a taxa de juros tem papel importante no processo, de intermediar a decisão entre aplicar no mercado financeiro ou na atividade produtiva.

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