ESPERADA APRECIAÇÃO DO REAL QUE NÃO VEM

17-07-2024

Desde o presidente da República, até a equipe econômica, além do mercado de bolsa de valores, a nova gestão governamental vem querendo a valorização do real perante o dólar americano, que não vem, há quase dois anos. A apreciação em tela tornaria a economia brasileira mais forte e ela ocuparia um posto na economia mundial de ativos valorizados e de segurança no dinamismo econômico do País.

Na balança comercial, as exportações ficam mais caras, exigindo do agronegócio cada vez mais produtividade e, este, tem correspondido, assim como as importações ficam mais baratas, sendo que a ênfase que deve ser dada em novas tecnologias e em bens de capital, que compõem o imenso conjunto do aparelho produtivo, para ser mais eficaz.

Entretanto, a valorização do dólar comercial neste ano, que chegou a bater em R$5,70, em razão do governo federal vir insistindo, por parte do presidente Lula, de que pretende ir de encontro ao arcabouço fiscal, mas que não cortaria despesas obrigatórias e em investimentos, mesmo que continue existindo déficit primário. Isso é, de que não haveria poupanças para pagar os juros da dívida pública, que continua sendo rolada e se elevando. Porém, a equipe econômica, principalmente através do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem anunciando que faria economias de despesas obrigatórias, no próximo ano, de R$26 bilhões e de que estaria preparando um contingenciamento de gastos públicos, ainda neste ano, para ter um mínimo déficit primário, por volta de 1% do PIB. Dessa maneira, o valor do dólar comercial chegou a recuar para R$5,43. Não é ainda a apreciação do real que a equipe econômica quer, mas existe a esperança de que ele recue para menos de R$5,00, o que está muito difícil, visto que, até a própria consulta do Banco Central, semanalmente, ao mercado financeiro, tem revelado, ultimamente, que ele espera fechar o ano por volta de R$5,20.

Ontem, o presidente Lula voltou a fazer declarações que afetam a requerida apreciação do real. Em entrevista à TV Record, Lula declarou, ontem, que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se você tiver coisa mais importante para fazer”. Conforme exposto no parágrafo acima, a bolsa de valores brasileira tinha obtido 11 elevações diárias seguidas. Porém, o mercado de bolsa recuou, claramente, ontem, preocupado com a questão fiscal doméstica.

 

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