INSEGURANÇA ALIMENTAR

19-07-2024

A Organização das Nações Unidas (ONU) possui uma série de departamentos, para diagnósticos e prognósticos sobre problemas mundiais. Baseada em Roma, na Itália, existe o braço orgânico da ONU, para Alimentação e Agricultura. Conhecida como a FAO (Em inglês, Food and Agriculture of United Nations), foi fundada em 1945.

Sua missão é liderar os esforços internacionais para findar com a fome, melhorar a nutrição e defender a agricultura sustentável. A FAO é dividida em áreas, tais como: segurança alimentar, desenvolvimento agrícola, pesca, florestas e demais recursos naturais, proporcionando suporte técnico, pesquisas e políticas para ajudar os países a elevar a produtividade agrícola e o acesso a alimentos de qualidade.

Em um leque tão vasto, aqui, nesta lauda, será tratado somente do quantitativo da fome, qual seja a insegurança alimentar, na atualidade. Segundo o último relatório do Estado de Segurança Alimentar no Mundo de 2023, publicado pela FAO, mas também pela UNICEF e OMS, existem 735 milhões de pessoas em insegurança alimentar no globo terrestre, sendo aproximadamente 10% da população mundial.

Além do mais, existem cerca de 282 milhões de pessoas no globo, em 59 países e territórios que experimentaram níveis elevados de fome aguda em 2023.

Em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, além do conflito entre Israel e o Hamas, mais os eventos climáticos extremos, a situação de insegurança alimentar se agravou, provavelmente, neste 2024.

No Brasil, cerca de 72,4% dos domicílios estavam em situação de segurança alimentar em 2023, correspondendo a aproximadamente 56,7 milhões de domicílios. Quer dizer, as referidas famílias tinham condições de alimentação adequada. Porém, 21,6 milhões de cidadãos e cidadãs ainda enfrentavam dificuldades para adquirir alimentos, em 2023, conforme o IBGE.

Em níveis elevados de fome aguda, no Brasil, havia 33,1 milhões pessoas em 2023, número que caiu para 8,7 milhões em 2023, segundo a mesma fonte. Mas, pelos motivos acima elencados, muito provavelmente este número poderá ser elevado em 2024, não obstante o governo federal ter, desde janeiro de 2023, elevado o leque de atendimento social, para reforço do Programa Bolsa Família e demais programas sociais. Como consequência disso, o País gastou tanto, que saiu de um superávit primário de 2022, para um déficit primário em 2023, que ocorrerá também em 2024, sendo bem provável que persistirá em 2025 e 2026, tal a rigidez dos gastos públicos, inflexíveis à baixa. Ou seja, até o termino do terceiro mandato do presidente Lula, salvo melhor juízo.

Os programas sociais, do tipo Bolsa Família, premiados internacionalmente, trazem consigo várias críticas. As principais são: 1) Dependência. Ou seja, não incentivando a busca por emprego ou melhoria de renda. Ou, até mesmo, deixar o emprego para não fazer nada. Crescer o ônus para o País. 2) Fraudes. 3) Foco insuficiente em capacitação. Ou seja, não agregam valor ou não são autossuficientes. 4) Custo fiscal. O uso alternativo teria melhor emprego em outras áreas, tais como saúde e educação. 5) Impacto eleitoral. Uso como massa de manobra.

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