IRRELEVÂNCIA DO MERCOSUL
12-07-2024
Por estes dias estiveram reunidos os quatro países membros do MERCOSUL, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, onde a notícia mais importância foi a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, em confrontação com as ideias brasileiras, desenvolvidas pelo presidente do Brasil, Lula, que pretende convencer os países membros a ter de volta a Venezuela, suspensa desde 2016, bem como facilitar a participação de membro auxiliar como a Bolívia, para depois ser membro efetivo.
O MERCOSUL assim dividido é fraco. Mais fraco ainda que
pretende há 20 anos uma aliança com o Mercado Comum Europeu, mas encontra forte
resistência, principalmente, da França, que é a segunda maior economia
europeia. Além do mais, não há um elenco de medidas econômicas a serem tomadas
em comum acordo. Logo, o MERCOSUL é de grande irrelevância.
Ora, o Nafta, o Mercado Comum Europeu e a OPEP agem como
verdadeiros cartéis. Fechados em seus objetivos e obtendo sucesso em suas
articulações. Eles são poderosos e não cedem um milímetro dos seus propósitos.
A respeito da reunião recente do citado bloco, o jornal
Estado de São Paulo assim se referiu: “O acirramento das divergências
ideológicas, que colocam interesses políticos de alguns dos líderes de alguns
dos sócios do MERCOSUL, acima dos objetivos do bloco econômico deu a tônica de
um encontro com declarações vazias e um documento final anódino. Diante de
desafios maiores, perdeu todo o bloco.
“Não é de hoje que o MERCOSUL falha em sua missão de colocar
os países membros – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e agora Bolívia – em
destaque no mercado global, o que, sem dúvida, atravanca o desenvolvimento
regional. Criado há mais de 30 anos, o bloco deveria estimular o livre comércio
e defender a democracia. Mas, nos últimos tempos, chefes de Estado duelam por
pautas estranhas aos objetivos de longo prazo do MERCOSUL para agitar as militâncias
internas”.
Em resumo, enquanto os ricos e fortes se unem em forma
cartelizada, o MERCOSUL se reúne para debates divididos e notadamente
políticos, sem qualquer resultado econômico concreto, justamente para aqueles
países que mais precisam.
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