TRÊS MIL LIXÕES NO BRASIL
22-07-2024
Pedro Maranhão, presidente da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, economista e empresário do segmento de infraestrutura do setor privado, desenvolvendo atividades nas áreas de saneamento, energia, agroindústria e reflorestamento, presente na semana passada, em Salvador, Bahia, para discutir a erradicação de lixões no Estado, quando concedeu entrevista ao jornal A Tarde.
É muito importante que seja
colocado aqui o assunto, visto que no próximo dia 2 de agosto se encerrará o
prazo, explícito na Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, para a
erradicação de lixões no Brasil. Para começar, ele declarou que não se cumprirá
o disposto em Lei. Por isso mesmo, o Ministério do Meio Ambiente irá lançar nos
próximos dias, um programa para avançar rápido na referida erradicação. O fato
é que existem ainda três mil lixões no Brasil. Ou seja, mais da metade (53%) do
total dos 5.570 municípios, se for suposto que cada município possui um lixão. Assim,
é preciso ainda de 500 a 600 aterros sanitários no País, para resolver o
problema. Referido cidadão disse que se conseguirá desativar mais de mil
lixões, sendo necessário envidar mais esforços para aproveitamento de
biometano, biogás e hidrogênio verde, a partir de lixões. Essa questão de resíduos
sólidos é uma cadeia riquíssima de derivados, segundo ele.
Agregue-se ao saneamento básico o
fato de que existe mais 100 milhões de pessoas sem dispor de esgotamento
sanitário. Destes, mais de 90 milhões não dão a destinação correta para os seus
resíduos e mais de 35 milhões de pessoas sem dispor de água tratada, pontuou Paulo
Maranhão.
O Marco Regulatório do Saneamento
deu para a iniciativa privada a segurança jurídica requerida. A questão
cultural está se transformando, visto a conscientização dos gestores municipais
de que as questões de saneamento são importantes para a saúde da população e
que são requeridas por ela. Entretanto, os custos dos investimentos estão próximos
de um trilhão de reais, para universalizar o saneamento brasileiro, sendo que
os municípios não tem sozinhos condições de realizá-los, sendo necessário que
se façam as parcerias público/privadas.
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