ECONOMIA AQUECIDA
09-09-2024
A despeito das previsões do início deste ano, de que a
economia brasileira cresceria pouco, já há previsões de que cresça por volta de
3% neste ano, o que já é bom. Entretanto, ao observar-se as informações divulgadas
pela Associação Brasileira de Embalagem de Papel (EMBAPEL), o mercado
brasileiro de papelão está altamente aquecido, tendo o papelão ondulado
registrado volume mensal recorde, de 371,3 mil toneladas em julho. Este é um
dos termômetros do sistema econômico.
A EMBAPEL publica estatísticas desde 2005. Desta vez, em
julho a demanda cresceu 8%, o maior percentual da série histórica, em relação a
julho de 2023. O aquecimento é mais sentido no segmento de bens não duráveis,
tais como avicultura, frutas e alimentos em geral.
No lado da demanda agregada, o consumo das famílias tem se
ampliado devido ao reduzido nível de desemprego e pelos programas de
transferência de renda.
Em fevereiro, a EMBAPEL projetava um crescimento da demanda
de 1,0% para o segmento em referência. Fez a primeira revisão em abril, para
2,8%. Fez agora a segunda revisão, em setembro, para 4,0%.
Geralmente o segundo semestre para o segmento de embalagem de
papel é marcado por grandes eventos, datas comemorativas e eleições, os quais
demandarão bastante por papel e papelão.
Devido ao resultado do PIB do segundo trimestre ter vindo mais
forte do que o esperado, o boletim Focus desta semana traz projeções para cima,
tanto da inflação, como do PIB, do dólar comercial e da taxa básica de juros.
Para este ano, a expectativa contida na mediana de mercado
para a inflação se elevou de 4,26% para 4,30%. A mediana de mercado da estimativa
do PIB passou de 2,46% para 2,68%. A mediana
do dólar comercial subiu de R$5,33 para R$5,35%. A mediana para a taxa básica
de juros também se ampliou para fechar o ano em 11,25%. Assim, no aquecimento,
todas as previsões estão levadas para cima.
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