PIB POTENCIAL E PIB EFETIVO
18-09-2024
O conceito de PIB potencial é o nível máximo sustentável do Produto
Interno Bruto (PIB), que um país pode alcançar, quando os recursos produtivos
estão sendo utilizados de forma eficiente, sem causar pressões inflacionárias.
Quando o PIB efetivo está abaixo do PIB potencial, a economia pode estar em
recessão, quando está acima pode haver pressões inflacionárias. O termo aqui
“pode”, permite dizer que, no primeiro caso o crescimento econômico também
poderia estar muito baixo; no segundo caso, que poderia ter uma inflação até
reduzida, pelo uso forçado dos recursos produtivos. Órgãos como o IBGE, a FGV e
os departamentos econômicos principalmente dos grandes bancos e do Banco
Central procuram realizar modelos para calcular o PIB em referência.
O PIB efetivo é o valor da produção de bens e serviços de uma
economia em um determinado período de tempo. O PIB oficial é calculado pelo
IBGE, trimestral e anualmente. Ele é calculado pelo modelo da matriz de
Leontieff, que permite calcular a utilização intermediária de insumos, para
completar o produto. De um lado pode ser percebido a demanda agregada, qual
seja o consumo das famílias, os investimentos privados, os gastos do governo e
as exportações; do outro lado, a oferta agregada, que consiste n produção dos
três setores (agropecuária, indústria, comércio e serviços).
De uma maneira em geral, os economistas das instituições
financeiras consultadas pelo Banco Central (BC), afirmaram que o PIB potencial
do Brasil está em torno de 2% dos recursos disponíveis para o crescimento
econômico. Entretanto, o PIB efetivo, aquele que é registrado pelas
estatísticas principalmente do IBGE está por volta de 3%. Portanto, há um hiato
aí, que é feito pela demanda agregada, gerando pressões inflacionárias.
Não sem motivo, não obstante a mediana das instituições
financeiras, consultadas semanalmente pelo BC, projetarem uma inflação
anualizada de 2024, em 4,35%, perto do teto da meta inflacionária de 4,50%, o
mercado financeiro está presumindo que ela estará maior até o final do ano.
Para não subir acima do referido teto, acreditam agora que a reunião de amanhã
fará o Banco Central elevar a taxa básica de juros em 0,25%, para cercar o
processo inflacionário e os mesmos analistas do mercado financeiro acreditam
que a taxa básica de juros encerrará o ano em 11,25%. Isso desgosta aqueles operadores do mercado
produtivo, que propugnam por menor taxa básica de juros.
Em resumo, a complexidade da economia tem de um lado, a esfera
monetária, onde principalmente as atenções estão voltadas para a taxa básica de
juros; de outro lado, a esfera produtiva, onde as atenções estão convergindo
para o crescimento econômico.
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