INCÊNDIOS FLORESTAIS

 

07-10-2024


A China considera o Brasil como o País que estará em primeiro lugar mundial na produção agropecuária e mineral, nas próximas décadas. Para tanto está investindo em um porto no Peru, de grandes dimensões, para que as suas importações da América Latina fiquem mais baratas, já que é a saída para o Oceano Pacífico, em rota muito mais rápida do que a atual. Trata-se do Porto de Chancay, a 80 km de Lima. Como é sabido, a China é o maior parceiro comercial do País e tem longa potencialidade para tal.

Durante mais de sete décadas do século passado, o Brasil fez um grande esforço de desenvolver a industrialização brasileira, que fora proibida, na etapa colonial e se atr4asu em relação ao resto do mundo. O descompasso tecnológico tem sido grande e a produtividade industrial tem sido baixa, afetando a competitividade dos produtos industriais brasileiros, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional. Não em motivo, o Brasil vem passado, desde a década de 1970, por um processo de “reprimarização”. Vale dizer, um país continental de terras agrcultáveis e para a pecuária. Para isto, muito tem contribuído a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), criada em abril de 1973, que tem realizado grandes pesquisas e inovações, contribuindo para que a agropecuária brasileira continue dando saltos de produtividade.  

Enquanto a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a EMBRAPA, tem feito também um trabalho de mapeamento das pragas no território brasileiro, não está havendo controle efetivo dos incêndios florestais, ocorrendo de forma ampla, muitas vezes propositais e muitas vezes criminosas, prejudicando a agropecuária brasileira, que poderia crescer muito mais.

Conforme a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), baseada nas informações de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), consoante estudo publicado no dia 4, passado, existiam 684 munícios em situação de emergência, em razão de incêndios florestais, somente em setembro. Afetaram, segundo a CNM, cerca de 19 milhões de pessoas, com prejuízos incalculáveis para a agropecuária.

No período englobado de janeiro a setembro deste ano, pelo levantamento da citada Confederação o Brasil registrou-se mais de 208 mil focos de incêndios, sendo 87% a mais do que no mesmo período de 2023. É o maior número de queimadas desde 2010, quando o INPE começou a mostrar a série de citados eventos.

O atual presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, defende a urgência da aprovação, ainda neste ano, do projeto de lei de Emenda Constitucional (PEC 31/2024), instituindo o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática. Espera-se, com isso, uma maior ação de prevenção e combate aos incêndios florestais.

 

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