SINCRONIZAÇÃO NO MERCADO MONETÁRIO
09-11-2024
A sincronização no mercado monetário é condição necessária, mas não suficiente, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional. Segundo a equação de Irving Fisher, MV = PY. MV é a esfera monetária, onde M é o vetor das quantidades de moeda; V é o conjunto de suas velocidades respectivas. PY é a esfera real, onde P é o vetor dos diferentes níveis de preços; Y é o vetor dos diferentes níveis de produto (de PIBs).
A autoridade monetária que organiza e disciplina o mercado
monetário é o Banco Central. Ele, em tese, deixa transparecer para o mundo que
a “prima dona” das finanças é a taxa de juros. No entanto, organizar e
disciplinar as finanças exige muito mais, qual seja, estabelecer normas,
regras, quantidade de moeda, encaixes e ver as velocidades nas quais se exercem
os meios de pagamento, na linguagem técnica M1, M2, M3 e M4, que são os meios
de pagamento quanto aos prazos: curtíssimo prazo, curto prazo, médio prazo e
longo prazo, respectivamente, dentro de cenários específicos.
Não faz muito tempo que, os bancos centrais globais decidiram
tomar decisões acerca da política monetária em dias que coincidem a divulgação
de, pelo menos, a taxa básica de juros. É o que ocorre com o Banco Central da
Inglaterra. Outrora, Londres fora por vários séculos o centro financeiro do
mundo. Nos Estados Unidos o Banco Central (chamado de Federal Reserve ou FED),
onde, hoje, Nova York, é o maior centro financeiro mundial. Já o Banco Central
do Brasil, hoje, estando o País como a décima economia global, pongando na
reunião aproximada deles e episódicas, para fazer ajustes também na política
cambial e na política fiscal.
Mas, a sincronização é somente de datas, visto que o que
define a variação ou não na taxa básica de juros é o conjunto de cenários dos
fundamentos da economia, que cada banco faz, de acordo com as estatísticas e
projeções dos respectivos departamentos econômicos. Dessa maneira, como há três
anos o FED não fazia alteração nas suas taxas básica de juros, ele fez nesta
semana a segunda mudança, senda a primeira e a segunda redução de 0,25%, nelas,
cenários de inflação em declínio. Lembre-se aqui que inflação e taxa de juros
têm correlação positiva. O mesmo ocorreu com as conjunturas observada dos cenários
ingleses. No Brasil, também, pela segunda vez, houve alteração da taxa de
juros, mas, no sentido inverso deles, isto é, para cima, visto que a inflação
recrudesceu aqui bastante, bem como a sua projeção de médio prazo, elevando em
0,25%, a SELIC, em setembro, e projetando a elevação também em 0,50%, em
novembro.
Hoje, foi divulgada pelo IBGE a taxa inflacionária de
outubro, quando ficou em 0,56%. Em 12 meses seguidos alcançou 4,76%, acima do
referido teto da meta inflacionária de 4,50%, conforme fora previsto pelo
mercado financeiro e pelo BC desde setembro. Assim, o acompanhamento tem sido
rigoroso, para que a inflação não venha a desestabilizar a economia.
A respeito dos fundamentos econômicos, o Banco Central
realiza pesquisa semanal, para subsidiar a política monetária, desde o ano
2.000, mediante auscultar economistas de cerca de 100 instituições financeiras,
que têm seus departamentos econômicos, calculando as medianas de suas previsões
sobre PIB, inflação, valor do dólar e taxa básica de juros, a SELIC, além de,
por exemplo, calcular também o grau de endividamento público sobre o PIB.
Assim, o BC tem realizado estatísticas, que servem ao público, de ampla
repercussão semanal, mensal e anual.
Em resumo, a política econômica tem na política monetária a
rainha do jogo de xadrez, tanto na economia brasileira como na economia global,
em processo semelhante a uma teia de aranha, com diferentes jogos de xadrez e
diferentes rainhas.
Comentários
Postar um comentário