AMEAÇA DE RECESSÃO TÉCNICA
26-01-2025
O valor do dólar comercial caiu para R$5,91, até o final do dia 24, passado, na quarta queda diária seguida, sendo o maior recuo semanal desde agosto de 2024, queda de 2,42%. O dólar está no menor nível desde 27 de novembro. Chegou a ser negociado R$5,86, em meados do dia. Muita demanda, muitos compradores, isto porque tem ingressado dólares para a bolsa de valores, provavelmente aqueles especuladores que saíram e voltaram, visto que a bolsa de valores está barata. No entanto, entre altas e baixas cotações do dia a bolsa de valores fechou em pequena baixa, aos 122 mil pontos. O governo de Donald Trump ainda não mirou o Brasil, para imposição de tarifas aos produtos brasileiros, mas a valorização mundial do dólar está em curso.
Na conjuntura estão os especuladores, dizendo que Donald
Trump não é a fera que tem rugido, assemelhando-se mais a um gato do que a um
leão. Porém, é bom lembrar que, dos doze bilionários que ajudam o presidente
americano, Elon Musk se tornou a primeira fortuna pessoal do mundo, aos mais de
US$400 bilhões, sendo elogiado por outro bilionário, Bill Gates, que disse que
a influencia de Musk é benéfica para os Estados Unidos. Convém aqui lembrar
que, no discurso de posse de Trump, ele se referiu ao presidente Mc Kinley, de um
século atrás, que declarou que os Estados Unidos se tornaram mais rico, depois
de elevar tarifas e do talento dos seus dirigentes. Na verdade, no dia da sua
posse, Trump instituiu a tarifa de 25% sobre as importações do México e do
Canadá, seus vizinhos mais próximos e que tiram vantagens por tem pequeno custo
de transporte, além de 10% sobre os produtos advindos da China e de anunciar
uma tarifa suplementar global, ainda não definida. Ficou na lembrança os 60% de
impostos sobre as importações chinesas. Isto a vigorar a partir de 1º de fevereiro.
No mercado financeiro existe a pergunta de que a postergação
do anúncio de mais tarifas seria uma possibilidade para negociação ou seria um
blefe?
A crença de Trump é de que tarifas mais altas impulsionarão a
máquina produtiva americana, além de cortes que fará nos tributos, reduzindo os
preços para os cidadãos de lá. Em suma, tarifas mais elevadas fortalecerão o
dólar. Ademais, Trump declarou que vai à Arábia Saudita buscar investimentos no
valor de um trilhão de dólares. O reino árabe já tinha sinalizado que faria
US$600 bilhões de investimentos lá. Ainda, pretende estimular a produção
americana de petróleo, principalmente a extraída do xisto betuminoso, altamente
poluente. Para isso, não pretende cumprir as metas de descarbonização global e de
redução da temperatura mundial.
No Brasil, o Banco Central se reunirá, proximamente, elevará
a taxa básica de juros, para combater a inflação ascendente. Os projetos de investimentos
poderão ser postergados e já analistas econômicos, em razão de recuo de índices
produtivos, referir-se a uma provável recessão técnica no trimestre em curso,
fato que será provavelmente atenuado ou resolvido coma grande safra de grãos
aguardada para este semestre.
A elevação das incertezas da política econômica brasileira
tem sido vista muito mais por uma inflação crescente e que infelicita a muitos
nacionais.
Grande abraço Paulinho. A coisa vai ficar preta...
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