ARRECADAÇÃO RECORDE
31-01-2025
Ontem, a Secretaria da Receita Federal divulgou que fechou
2024 com arrecadação recorde de R$2,709 trilhões. É o valor maior da série
histórica, iniciada em 1995, ou seja, em 30 anos. Indicou que o crescimento foi
real de 9,6%, descontada a inflação oficial, em relação ao ano de 2023, quando
tinha arrecadado R$2,653 trilhões. A razão do incremento foi a ampliação da
atividade econômica, cujo indicador do PIB se dará no início de abril, a
melhora da arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Mais os retornos da
tributação incidentes sobre os combustíveis, do crescimento do Imposto de Renda
sobre os fundos financeiros fechados, do desempenho do imposto de importação,
principalmente daqueles itens até US$50.00, que estavam isentos, que passaram a
ter uma alíquota de imposto de 20%, dentre outros motivos. Vê-se claramente que
o governo central aumentou a carga tributária, a despeito de em campanha
política referir-se a de que iria baixá-la. Geralmente, desde a Constituição de
1946, quando a carga tributaria era de 26% do PIB e agora se aproxima de 35% do
PIB, tem isto acontecido.
O Secretário Especial da Receita Federal, Robinson
Barreirinhas, aquele mesmo que teve que se explicar porque o governo federal,
veladamente, queria tributar o Pix das pessoas físicas e causou grande desgaste
ao governo de Lula, que caiu vários pontos na popularidade, esteve destacando o
grande desempenho da atividade econômica: “Os grandes números refletem os
resultados importantes de política econômica nos últimos anos, da reativação da
economia, que vimos no ano passado e que resulta neste resultado espetacular.
Tivemos a reativação de setores inteiros da economia que, com esse aquecimento,
voltaram a recolher valores relevantes de tributos. A mínima histórica do
desemprego no Brasil, o grande aumento da massa salarial, que têm papel
importantíssimo na arrecadação de 2024. Esse resultado reflete uma Receita
Federal menos repressiva e mais orientadora do contribuindo, atuando na
desoneração do pequeno contribuinte, do empresário produtivo e focando a
fiscalização e arrecadação naqueles que antes não contribuíam com uma parcela
justa, especificamente nas grandes rendas passivas do Brasil, na tributação dos
super ricos. Trabalhamos para trazer para a tributação àqueles que não estavam,
trazer para a tributação aqueles com patrimônio de centenas de milhões de reais
em fundos fechados, em outros países, e que nunca recolheram”.
Mesmo com esta euforia acima, eles postergaram divulgar o
quadro dos gastos públicos, que, como já sabido, foram superiores às receitas
públicas. Embora estivesse previsto déficit primário zero, com viés de 0,25%,
para os dois lados da curva normal, para menos ou mais, houve ainda assim
déficit primário.
Ontem, reunindo a imprensa, sem divulgar outros números das
despesas públicas, o presidente Lula declarou que o déficit primário de 2024
fora de 0,1%, dentro da margem de 0,25%, que fora aprovado pelo Congresso.
No ano passado, foram divulgados pelo referido secretário bons
resultados a saber: a produção industrial cresceu 3,22%; a venda de bens no
varejo, 3,97%; a venda de serviços, 2,90%; o valor das importações, 8,65% e o
crescimento da massa salarial de 11,78%. São tópicos esparsos, que ainda não
compõem o quadro de insumo/produto que o IBGE divulgará no início de abril.
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