BOATARIA PODE MANTER DÓLAR E INFLAÇÃO EM ALTA
25-01-2025
Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a boataria
pode manter o valor do dólar e da inflação em alta, raciocínio muito limitado, sem
base científica, visto que o que está ocorrendo são frustações nas políticas
econômicas conjunturais do governo, além do que na existe um plano econômico de
longo prazo nesta gestão. Tampouco, houve nas gestões passadas, de 2003 a 2016,
governos Lula e Dilma. Dizendo melhor, houve planejamento econômico no Brasil,
de 1956 a 1994. Plano de Metas, Plano Trienal, PAEG, PED, I PND, II PND, III
PND, Plano CRUZADO, Plano CRUZADO II, Plano VERÃO, Plano BRESSER, Plano COLLOR,
Plano Collor II e Plano REAL.
Na conjuntura econômica, a política monetária tem falhado em
fazer a inflação convergir para o centro da meta, de 3,0%, mais viés de alta de
1,5%, estando hoje, esta, já tão distante do crescimento inflacionário e tem
perspectiva inflacionária muito próxima de ultrapassar 5,0%. Prova disto é que
o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reunirá na próxima
semana já tem “contratado”, desde a última reunião, de elevar a taxa básica juros
em mais 1,0%, para combater a inflação. A política fiscal é incompetente, já
que o governo federal não consegue operar sem déficit primário e tem
perspectivas de continuar tendo rombo, até o final do terceiro mandato do
presidente Lula. A política cambial, cujo o dólar comercial está mais para ser
negociado a R$6,00 do que em regresso ao patamar de R$5,00, desvalorizando os
ativos brasileiros.
A instabilidade da economia doméstica se alia à política
econômica internacional, no momento em e que os Estados Unidos, através da
gestão de Donald Trump, estão propondo valorizar o dólar e os ativos
americanos.
Por seu turno, as transações mundiais com o dólar
correspondem a mais de 80% das transações globais. O Brasil, atualmente na
presidência dos BRICS, defende uma moeda do grupo, em uso alternativo ao dólar
americano. Trump ameaçou, caso isso ocorra, que elevará os tributos sobre os
produtos dos BRICS em 100%.
O imperialismo americano, na paz, tem na sua moeda a forma de
conseguir realizar tr4ansações e se beneficiar do uso da sua moeda. Na guerra
existe a ameaça do uso da sua força bélica e atômica, a maior do mundo.
O Brasil, dando “testa” aos Estados Unidos, como exemplo,
somente na questão econômica, tem um PIB de 2% do PIB mundial. Os Estados
Unidos tem 26% do PIB global. O Brasil exporta para os Estados Unidos US$40
bilhões por ano, representando 12,0% das exportações totais brasileiras, mas
representam somente 1,0% das importações americanas. O mais grave em “brigar”
com os Estados Unidos é que, eles têm os maiores investidores globais. Trump,
em seu governo, colocou em lugares-chave cerca de uma dúzia de bilionários, os
quais se relacionam com milhões de investidores por todo o globo. O País
precisa do capital externo. O maior exemplo está bem perto, na Venezuela, que
foi hostil às multinacionais e elas saíram de lá. Resultado, a Venezuela é um
dos países, hoje em dia, dos mais miseráveis do mundo, vivendo no cotidiano a
situação de uma guerra civil. Nunca foi negócio brigar com o grande capital. Um
grande problema que o Brasil está atravessando é com a política fiscal. No
País, a carga tributária se aproxima de 35% do PIB e o governo federal, em
razão de estar com déficit primário, estuda a todo custo, em elevá-la. A dívida
pública aqui não para de crescer. Taxa de juros perto de 15% ao ano. Orçamento
público que têm que tem previsão de gastar R$50 bilhões com emendas
parlamentares. No Estados Unidos, ao contrário, a carga tributária é de 27% e
Trump pretende reduzir. Para o investidor de lá, isto soa como música e vão em
busca de fazer investimentos e tornar-se mais ricos ainda, como é propósito do
Trump: America First. Ou seja, em tradução literal: Primeiro América.
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