COMEÇOU O FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
20-01-2025
Neste janeiro completam 54 anos da realização do Fórum
Econômico Mundial, na cidade de Davos, na Suíça, em pleno frio dos Alpes. No
entanto, a reunião será de temas quentes. Está previsto mais de 3.000
participantes, cálculo feito pelas reservas em hotéis e confirmação de
presença. O referido Fórum tem uma importância muito grande porque apresenta os
perfis de 11.000 investidores internacionais, estando presentes autoridades de
países representados, políticos, economistas, cientistas em geral, financistas,
ministros e presidentes dos países e presidentes de grandes empresas.
Serão 200 painéis estabelecidos na principal rua de Davos, na
Promenade. Serão os espaços montados por países e empresas, no centro de
congressos em que se realizam os eventos. Isto porque os debates em diferentes
grupos de painéis poderão permanecer por todo o ano. O Fórum se iniciou como
temporário, somente nos meses iniciais de cada ano e nos últimos anos se tornou
permanente. São esperados mais de 50 chefes de governo de Estado, líderes de
130 países confirmados, líderes de organizações internacionais e de
multinacionais. É um Fórum de discussões entre os ricos, buscando oportunidades
de ganhar mais dinheiro e bens. Em se tratando de investimentos tem sido
importante que o País vá para a captação de recursos, conforme já foi muitas
vezes.
Os temas dominantes serão de as novas tecnologias,
notadamente de inteligências artificiais regenerativas, a crise ambiental e a
transição energética. Mais os temas tradicionais como incertezas geoeconômicas,
clima, conflitos bélicos, tensões comerciais, economia global, cooperação
internacional, multilateralismo e segurança.
Hoje coincidem a posse do presidente Donald Trump, que
assegurou que participará também do Fórum, mas de vídeo conferência, além da
reunião ministerial no Brasil, muito importante porque cerca de 40 ministérios
executivos ou de órgãos com tal status, um dos maiores gabinetes do mundo, têm
necessidade de aparar arestas e definir objetivos comuns. Muitos dos líderes do
governo ficarão aqui. É tanto que a representação brasileira em Davos será
pequena. Não irão o presidente da República, nem o Ministro da Fazenda, como
tradicionalmente acontecia. Até agora somente estão confirmados um ministro,
banqueiros nacionais e alguns empresários brasileiros.
A ONG Oxfam veio ontem a público divulgar o seu relatório
sobre desigualdades mundiais, denunciando a emergência de uma “oligarquia” de
bilionários que representa um perigo para a democracia. A Oxfam destacou o
crescimento dos super ricos que compõem uma aristocracia, sendo “um poder
tentacular sobre nosso sistema político e econômico”. Bom, que a Oxfam tenha
posição contrária, até para que se lute para a redução das desigualdades é
compreensível. Entretanto, não é uma oligarquia que emerge. Ela é bem antiga,
pelo menos desde a Idade Média, desde quando existe o mito de que 13 clãs
dominam o mundo até hoje, assim como o poder político e econômico não ameaça a
democracia (democracia de onde e como?). É claro que existem complexos empresariais,
de integração vertical e horizontal, sendo este o caminho que tomou o capitalismo
sem volta.
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