DE NOVO O PIX E MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS
14-01-2025
Desde primeiro de janeiro que os bancos têm que informar à
Secretaria da Receita Federal (SRF) as movimentações financeiras com Pix,
cartões de crédito e instituições de pagamento as movimentações financeiras acima
de R$5 mil de pessoas físicas e de R$15 mil de pessoas jurídicas. Os cartões de
crédito já informam sozinhos as movimentações, as novidades foram sobre o Pix e
as instituições de pagamento. Claro, sobre o Pix, hoje o mais popular meio de
pagamento e recebimento, gerou a desconfiança de que poderá ser taxado, quanto
ao fiscalizado isto já era feito de forma cruzada. Quanto às instituições de
pagamento, também, ficou claro que se trata sobre a existência livre de receber
e pagar dos cassinos virtuais chamados de Bets.
A SRF possui o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)
já há algum tempo. Ele tem longo alcance, mas não se intromete nas contas bancárias,
pela lei do sigilo bancário, que somente pode ser quebrado por ordem judicial.
No entanto, os bancos já informam transações de valores ditos elevados e agora
elas foram carimbadas.
A SRF declarou a público que não irá taxar as transações, nem
pode, visto que a Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF, depois
IPMF) deixou de existir e o projeto de lei governamental da espécie não foi aprovado
pelo Congresso Nacional. É imposto e mais imposto, que pretende o governo
federal, visto que já existe o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) há muito
tempo. A sanha tributária está sempre
ameaçando e a medida não é senão mais um ensaio dela. Outra coisa, disse também
a SRF que, tampouco, irá rastrear a origem e destino das transferências. Quem
acredita? Pode ser até que não todas, mas poderá fazê-la por amostragens e é
isso que muitos estão receosos, por diferentes motivos, desde o receio de ver
suas contas vasculhadas até em prestar contas por desvios ou comprovar que não
os fez.
O SPED funciona desde meados de 2003, entretanto, ele não
contempla o Pix, pagamentos por
aproximação de cartões por celular e carteiras eletrônicas.
A SRF também informou que, embora o SPED monitore aa coleta
de informações sobre movimentações financeiras, tais como cadastro, abertura e
fechamento de contas, operações financeiras e previdência privada, o SPED não
têm, segundo a SRF: “Qualquer elemento que permita identificar a origem ou o
destino dos recursos utilizados nas operações financeiras”. Assim, está dado o
recado: o que a SRF quer mesmo é fazer isto. Claro, ainda irá criar ou divulgar
o modelo para exercê-lo.
Em se tratando de dinheiro, continua havendo a máxima, do
livro O Capital, de Karl Marx, que o dinheiro tem feitiço.
Em outras palavras, como muitos tem arguido, em princípio, as
medidas tomadas neste ano, parecem ser uma prévia do que poderá vir. No
entanto, para taxar terá que ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Caso se prevaleçam da movimentação financeira para atribuir taxas ou penalidades, de certo causará muitos problemas a uma grande fatia de orifício aos em especial os autônomos e liberais, também as operações do agro, será muito prejudicada e dificultada.
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