MENOR TAXA DE DESOCUPAÇÃO DA HISTÓRIA

 

17-01-2025

Em novembro de 2024, conforme a última enquete sobre emprego divulgada pelo IBGE, sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, que é divulgada mensalmente, relativa ao trimestre trabalhado, atingiu-se 6,1% da população economicamente ativa. Antes, vinha-se de uma descida das taxas, também, de forma contínua, quando ela tinha atingido, o ápice na pandemia do covid-19, em março de 2021, de 14,9%, de desemprego aberto, perante as medidas de isolamento social, colocadas em vigor para combater a referida pandemia.  A taxa atual é a menor do que os 6,3%, verificados no final de 2013, que tinha sido a anterior, menor, taxa já constante das estatísticas do IBGE. Porém, naquela época, a economia vinha trabalhando acima do PIB potencial. Poucos meses depois, no segundo trimestre de 2014, ingressou em 11 meses seguidos de uma das maiores recessões econômicas da história brasileira.

A questão é: será que o País atingiu o “vale” e citada taxa voltará a subir ou será que ainda há espaço para descer a taxa de desemprego da mão de obra? São perguntas difíceis de responder. Porém, por seu turno, o PIB da economia está registrando seu ápice dos anos mais recentes, acreditando-se que a economia cresceu em 2024 cerca de 3,5%. Os analistas do mercado financeiro apostam que o PIB deste ano se reduzirá para menos de 2,0%. Portanto, dificilmente a taxa de desemprego baixará de 6,0%.

Ademais, as informações relativas ao rendimento real médio dos trabalhadores ocupados também têm demonstrado melhorias nos últimos tempos, ainda que não tenha atingido o patamar recorde de 2020. O fato é que os dados mostram maior remuneração de quem tem vivido de trabalho assalariado.

Convém registra que a taxa de desemprego calculada pelo IBGE na referida pesquisa trimestral está subestimada, visto que não incluiu os desalentados, aqueles que não querem trabalhar ou que não querem procurar emprego, não respondem a pesquisa. A enquete do IBGE está focando aqueles que declararam que estavam procurando emprego.

Ademais, no mercado de trabalho, têm crescido por longo tempo o trabalho informal e a precariedade de pessoas trabalhando, inclusive, em casos semelhantes ao trabalho escravo. Adicione-se a isto, um contingente grande de “nem-nem”, daqueles jovens que não querem trabalhar, não procuram, não respondem pesquisa e ficam em casa.

Enfim, as próximas pesquisas do IBGE, que até início de abril divulgará o PIB oficial de 2024, bem como a divulgação da taxa de desocupação da mão de obra, em dezembro de 2024 e para onde está apontando, são informações aguardadas pelos mercados com certa ansiedade, para realizar suas projeções, haja vista que a inflação está em ascensão, assim como as taxas de juros, o governo roda com déficit primário, os investimentos tem projetos engavetados devido justamente porque é melhor colocar dinheiro no mercado financeiro do que no mercado produtivo. sendo fatores estes que inibem o processo de crescimento econômico.

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