O SUPOSTO SUFOCO DOS ESTADOS UNIDOS À COLÔMBIA
28-01-2025
Às nações mundiais estão parecendo que as discussões entre os
Estados Unidos da América (EUA) e a Colômbia, devido aos envios dos deportados por
aviões, algemados, tidos pelos EUA como criminosos, o que têm revoltado certos
países, visto que estão assim sendo considerados muitos dos imigrantes.
Entretanto, a ofensiva contra a Colômbia está parecendo ser de retaliações
experimentais, para que os demais países tomassem conhecimento do que seriam as
ameaças de Donald Trump.
As retaliações a serem tomadas pelos EUA contra a Colômbia seriam
de uma tarifa de 25%, que poderia ser usada de forma imediata, além do que seria
aumentada, uma semana depois para 50%, mais sanções emergenciais bancárias e
financeiras do Tesouro, que teriam imenso impacto na economia colombiana.
Recorde-se aqui que, desde os anos de 1960 que os EUA praticam bloqueio
econômico contra Cuba e este país continua um dos mais pobres do mundo. Para
fugir do sufoco, a diplomacia colombiana se articulou com a diplomacia
americana e fizeram um acordo de deportações, para que não existam as citadas
medidas.
Os EUA são o maior parceiro comercial da Colômbia, em grande
medida devido ao acordo de livre comércio de 2006, entre eles, tendo uma
corrente de comércio de US$33,8 bilhões, além de um superávit de comercial de
US$1,6 bilhão, favorável aos EUA, conforme estatísticas norte-americanas.
Por seu turno, o cancelamento de vistos na embaixada dos EUA
em Bogotá frustrou muitas pessoas, para as quais foram ditas que seriam
remarcadas. O rigoroso processo de vistos para os colombianos, para irem aos
EUA, inclusive como turistas, poderia levar anos, gerando grandes despesas para
aqueles que precisam ir à embaixada de Bogotá.
Enfim, a repercussão na Colômbia seria grande, devido ao seu
porte, mas, pequena aos EUA, por ser de porte grande. A briga entre David e
Golias seria muito, provavelmente, da vitória de Golias.
Olhando o Brasil, os Estados Unidos é o segundo parceiro
comercial brasileiro. Foi por muito tempo, o maior. O Brasil tem superávit
comercial com os EUA. Porém, os efeitos não seriam somente na área comercial,
mas na balança de captais e na saída de capitais estrangeiros da economia
brasileira. Saída de multinacionais e sem aporte de novas tecnologias. Um
impacto de grandes proporções, que poderia levar ao processo de estagnação ou
de recessão econômica.
Um outro exemplo de retaliações ocorreu na Venezuela, onde
Hugo Chávez e Maduro perseguiram empresas multinacionais e estas saíram daquele
país. Hoje, a Venezuela se tornou um país de imensa pobreza.
Há uma lei econômica que nunca deve ser esquecida: o capital
vai para onde é maior a taxa de lucro. Isto é, onde pode reproduzir-se em larga
escala.
Está comprovado por economistas estudiosos, principalmente
pela liderança de Raul Prebish, um dos principais pensadores da Comissão Econômica
para a América Latina e Caribe (CEPAL), que, ao contrário do que se pensava, em
síntese, um país pobre exporta mais bens primários e na remessa de capital e um
país rico exporta mais bens intensivos em trabalho e em tecnologias, de alto
valor agregado. Faz parte do conjunto de leis do sistema econômico. Raul
Prebish é conhecido pela sua análise do modelo econômico de centro-periferia e
a sua contribuição da Teoria da Dependência.
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