PREVISÕES MAIS PESSIMISTAS DO MERCADO FINANCEIRO
21-01-2025
Praticamente, toda segunda feira, como foi ontem, tem sido o dia do Banco Central (BC) divulgar a sua pesquisa semanal do mercado financeiro, acerca da inflação, taxa básica de juros, PIB e dólar comercial, isto desde o ano 2.000. O BC ausculta cerca de 100 economistas de instituições financeiras.
Pela 14ª semana seguida, a previsão da inflação brasileira
tem se elevado, estando agora, a uma mediana das instituições financeiras
pesquisadas, em 5,08%, para este ano. Antes dessa sequência de elevações das
estimativas, em outubro de 2024, ela estava abaixo de 4,0%. Os economistas
consultados estão cada vez mais pessimistas, em ver o BC de colocar o índice inflacionário
dentro do intervalo de tolerância (meta de 3,0 mais viés de alta de 1,5%),
totalizando 4,5%, fixado pelo Conselho Monetário Nacional, como política de
equilíbrio da política monetária. As elevações
seguidas das medianas da taxa inflacionária refletem fatores como os altos
preços das commodities, em cenário externo de duas guerras, Rússia com a
Ucrânia, Israel contra o Hamas, da escalada da moeda americana, perante rumores
de que o presidente Donald Trump, que tomou posse ontem, tem declarado que vai
valorizar os ativos americanos, reiterado em seu discurso, além de impulsos
fiscais, visto que o mercado também não acredita que o governo venha a obter
superávit primário. Pelo contrário, de que continuará com grande déficit da
espécie. Ou seja, a mediana do relatório Focus continuou indicando um déficit
primário de 0,6% do PIB, distante da meta governamental de déficit primário zerado,
mais viés de 0,25% de baixa ou de alta.
O BC mirou, na as última reunião de 2024, em uma meta da taxa
básica de juros de 14,25%, em 2025. O mercado financeiro não acredita. Espera
que seja de 15,0%, previsão estável nesta semana. O maior banco da América
Latina, o Itaú, projetou uma taxa SELIC de 15,75% para este ano, ante pressão
do câmbio e da inflação.
A mediana para o incremento do PIB em 2025 permaneceu
praticamente estável, passou de 2,00% para 2,02%.
O dólar comercial esperado para 2025 é em torno de R$6,00. Ou
seja, de R$5,55. Para 2026 e 2027 é esperado que fique em R$6,00. O cenário
está nebuloso para os economistas, visto que o efeito Trump no mercado da
espécie ainda se concretizará. Mesmo antes de tomar posse, o Donald Trump criou
a sua própria moeda bitcoin, que tem o seu nome: Trump. Lançada teve forte
valorização, de cerca de 80%.
Realmente, as expectativas estão tensas e estas levam
principalmente a pressões inflacionárias, vindas de várias ordens e problemas.
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